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A Policlínica oferece mais de 20 especialidades médicas
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A busca por testes de covid-19 na cidade do Rio de Janeiro subiu 165,5% no mês de junho. Segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, a quantidade de exames realizados entre as semanas epidemiológicas 22 e 25, que compreende o período de 29 de maio a 25 de junho, foi de 258.729. Nas quatro semanas anteriores os testes realizados foram 97.461.
O conceito de semana epidemiológica é uma forma que especialistas usam como um período de tempo padrão para agrupar os casos e óbitos ou outros eventos epidemiológicos. Ela serve para padronizar a variável de tempo para fins de vigilância.
O aumento na procura pelos testes se dá após o Brasil quebrar uma tendência de alta nos últimos dias no número de mortos pela covid-19, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte. Ontem, o índice chegou a 124. Nas últimas 24 horas, foram registradas 176 mortes pela doença no país.
Não houve variação na média móvel de hoje na comparação com a de 14 dias atrás. O indicador é considerado por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. A média móvel é calculada a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.
Duas regiões do país acompanham o cenário de estabilidade na média móvel de mortes: Norte (-9%) e Sudeste (-9%). Já o Sul registra queda de -25%. Enquanto outras duas regiões têm alta: Centro-Oeste (56%) e Nordeste (78%).
Além disso, o Brasil teve 70.285 novos casos conhecidos da doença nas últimas 24 horas. Com isso, chegou ao acumulado de 31.894.505 testes positivos.
A média móvel de casos tem 40.677 registros e, pelo quarto dia consecutivo, registra tendência de estabilidade com variação de 9%.
A suspensão aconteceu por falta de doses.
Por: Cláudia Collucci
Os diagnósticos de depressão na população adulta brasileira cresceram 41% nos dois primeiros anos da pandemia de Covid-19. As mulheres foram as que mais impulsionaram a alta, com mais do que o dobro da prevalência registrada entre os homens.
Na população deprimida, houve uma piora significativa dos hábitos saudáveis de vida, como queda do consumo de verduras e legumes e da prática de atividade física, além de aumento da taxa de tabagismo.
A conclusão é de análise inédita do Covitel, um inquérito telefônico que retratou o impacto da pandemia de coronavírus nos fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis. Foram analisados dados de antes da Covid-19 e do primeiro trimestre de 2022, período em que a crise sanitária deu uma pequena trégua.
Realizado pela Vital Strategies, organização global de saúde pública, e pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas), o levantamento entrevistou 9.000 brasileiros, distribuídos nas capitais e em cidades do interior das cinco regiões do país.
O aumento da depressão foi registrado em todo mundo e a OMS (Organização Mundial da Saúde) vem alertando os governos no sentido de destinarem mais investimentos na prevenção e na assistência dos casos.
No caso das mulheres, a prevalência do diagnóstico de depressão saiu de 13,5% para 18,8%. Entre os homens, pulou de 5,4% para 7,8%.
Há várias hipóteses para explicar a maior taxa da depressão feminina, de fatores genéticos e hormonais até a dupla jornada de trabalho para conciliar carreira e tarefas domésticas.
Mas, para Luciana Vasconcelos Sardinha, assessora técnica de epidemiologia e saúde pública da Vital Strategies, a principal razão é o fato de as mulheres procurarem mais ajuda médica do que os homens. Logo, são as mais diagnosticadas com a doença.
"Em geral, os homens não buscam ajuda, não investem em prevenção e promoção da saúde. Quando eles chegam ao serviço médico, [o estado de saúde] já tá muito agravado."
O inquérito também analisou como a depressão influenciou nos hábitos de vida da população, que são fatores de risco para várias doenças crônicas, como as cardiovasculares e o diabetes.
Para uma alimentação saudável, a recomendação é o consumo de legumes, verduras e frutas cinco vezes ou mais na semana. No primeiro trimestre deste ano, 12% das pessoas deprimidas relataram ter esse hábito. Na população em geral, a taxa foi de 39%, em média.
Entre as mulheres com depressão, essa rotina é pouco mais de um terço (16,9%) da declarada pela população feminina total (42,5%).
As pessoas com diagnóstico de depressão também declararam praticar menos atividades físicas (11,5%) e serem mais tabagistas (19,9%). Na população adulta em geral, as taxas para esses hábitos foram de 30% e de 12,2%, respectivamente.
A prevalência do tabagismo entre as mulheres deprimidas é quase o triplo em relação à população feminina em geral: 25,4% contra 9,9%.
"Era esperado, mas é a primeira vez que a gente consegue comprovar o que de fato aconteceu nesse momento de pandemia", afirma a pesquisadora.
Segundo Vasconcelos, o trabalho teve um diferencial de ouvir as mesmas pessoas sobre os seus hábitos antes da pandemia e neste início de ano, quando a crise deu uma trégua.
Ela diz que havia a hipótese de que, nesse período, as pessoas pudessem ter retomado suas rotinas. "Infelizmente continua tudo no mesmo esquema. O nível de atividade física continua como no início da pandemia. As pessoas não voltaram."
Além das mulheres, a prevalência maior da depressão foi observada em pessoas brancas com maior escolaridade (12 anos ou mais de estudo). Mas, de novo, a explicação é que são essas parcelas da população que geralmente têm maior acesso aos serviços de saúde.
Para a pesquisadora, é urgente que o governo brasileiro monitore essa população deprimida e amplie a assistência a ela. Segundo Vasconcelos, ao mesmo tempo que a crise da saúde mental se agrava no país, os serviços públicos existentes, como os Caps (Centros de Atenção Psicossocial), estão muito aquém do necessário.
"São poucas vagas, o número de psiquiatras é insuficiente. Nas regiões Norte e Nordeste, às vezes nem tem psiquiatra para contratar. Concursos são abertos, mas as vagas não são preenchidas."
Além disso, as escolas também precisam ser treinadas para reconhecer os sinais da depressão e encaminhar os casos para uma ajuda especializada.
Uma revisão recente com 29 pesquisas, divulgada pelo Ministério da Saúde, mostrou que os sintomas de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes dobraram após o início da pandemia. Antes da crise sanitária, 12,9% desse grupo relatavam sintomas depressivos.
Durante a crise do coronavírus, a taxa saltou para 25,2%. Os sintomas de ansiedade, por sua vez, aumentaram de 11,6% para 20,5%.
Uma das contribuições da Vital Strategies nesse enfrentamento das doenças psiquiátricas é o desenvolvimento de um índice de saúde mental, captando não apenas dados da saúde, mas também da educação e da segurança pública, entre outras.
O Covitel teve financiamento da Umane e do Instituto Ibirapitanga e apoio da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva). O inquérito têm diferenças em relação ao Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) porque reúne dados das 27 capitais brasileiras e do interior. Já o Vigitel trabalha com amostras só das capitais.
Para o período de pré-pandemia, o novo levantamento considerou dados do último trimestre de 2019 e de janeiro e fevereiro de 2020.
MINISTÉRIO ANUNCIA INICIATIVAS NA SAÚDE MENTAL
O Ministério da Saúde anunciou no último dia 13 de junho investimentos na ordem de R$ 45 milhões para ampliar ações na área da saúde mental.
Entre as iniciativas estão o serviço telefônico 196 (Linha Vida), teleconsultas e linhas de cuidados para organizar o atendimento de pacientes com ansiedade e depressão.
Um projeto-piloto do Linha Vida, segundo o ministério, começará pelo Distrito Federal, por um sistema de atendimento multicanal. A meta é prevenir suicídio e automutilação.
Já o projeto de teleconsulta está sendo feito em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) e é destinado às pessoas com transtornos mentais leves. A proposta é oferecer 12 mil teleconsultas mensais de psicólogos e psiquiatras.
Os atendimentos serão agendados pelas equipes das UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
O ministério também lançou uma linha de cuidados com foco em crianças, adolescentes e adultos com transtorno de ansiedade e depressão.
Segundo a pasta, ela funcionará a partir de repasses de recursos federais às equipes multiprofissionais em saúde mental, que podem estar vinculadas a ambulatórios, policlínicas ou unidades hospitalares.
Para a epidemiologista Luciana Vasconcelos Sardinha, que já atuou no Ministério da Saúde, um serviço telefônico e a oferta de teleconsultas estão muito distantes das necessidades atuais em saúde mental.
Segundo curso da série será no sábado, 9 de julho, e vai abordar, entre outros temas, aspectos emocionais nos períodos de gestação e puerpério
O Brasil registrou 174 mortes por Covid e 47.966 casos da doença, nesta terça-feira (14). Com isso o país chega a 668.404 vidas perdidas e a 31.543.000 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.
São Paulo, Rondônia e Tocantins não divulgaram os seus dados de Covid nesta terça.
As médias móveis de casos e mortes continuam em crescimento. A média de óbitos agora é de 143 por dia, aumento de 36% em relação ao dado de duas semanas atrás. A média de infecções é de 39.965 por dia, crescimento de 28% também em relação ao dado de duas semanas atrás.
Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram aplicadas 18.794 primeiras doses e 50.171 segundas doses. Também foram registradas 2.365 doses únicas, 375.343 doses de reforço.
Dessa forma, ao todo, 178.766.999 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 167.098.085 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.
Assim, o país já tem 83,21% da população com a 1ª dose e 77,78% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.
Até o momento, 97.013.266 pessoas já tomaram dose de reforço.
O consórcio reúne também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 62,18%, totalizando 12.747.434. Na mesma faixa etária, 36,53% (7.487.847) recebeu a segunda dose ou a dose única.
Os dados da vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou à falta de atualização em diversos estados por longos períodos de tempo.
O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país.
Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.
Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.