João Gabriel e Italo Nogueira (Folhapress)

Transformação de ginásios em escolas públicas, criação de um centro de treinamento capaz de fazer do Brasil uma potência esportiva mundial, parcerias com a iniciativa privada e uma gestão sustentável.

Cinco anos depois dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, boa parte do legado dos parques olímpicos da Barra e de Deodoro nunca saiu do papel. Agora, às vésperas da Olimpíada de Tóquio, as promessas são renovadas. Atualmente, os dois espaços têm gestão fragmentada entre o governo federal, a prefeitura carioca e o Exército Brasileiro.

"Em breve, a gente publica a licitação para desmontagem das duas arenas [de handebol e o parque aquático] e a construção das escolas. Antes da Olimpíada de Tóquio. Para a Arena 3, quero seguir o projeto de fazer a escola municipal", afirmou à Folha de S.Paulo o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).

As instalações foram construídas no seu mandato anterior, que acabou em 2016. Foi no final dele que a prefeitura cedeu parte do Parque Olímpico para o governo federal. "A área é da prefeitura. Vou tirar a cessão e vou tocar pela prefeitura. Está há quatro anos com o governo federal e não fizeram nada. Eles até deram uso, mas divulgaram pouco. Acho que aquilo tem um potencial muito maior", disse.

"O plano de destinação dessas instalações encontra-se em fase de elaboração e será apresentado às autoridades competentes tão logo seja finalizado", afirmou a Secretaria do Esporte, vinculada ao Ministério da Cidadania, por meio de nota.

Tanto a gestão federal quanto a municipal seguem com o compromisso de realizar parcerias com a iniciativa privada, mas ainda sem qualquer proposta concreta. O Exército Brasileiro, também por meio de nota, afirmou que não é responsável por tratar as privatizações e cobra que as instalações que administra sejam incorporadas ao patrimônio militar –atualmente, a Força apenas faz a gestão delas.

"Como desafios enfrentados na gestão estão o atraso de repasses de recursos; alguns vícios de construção não sanados; a transferência patrimonial das arenas, ainda não realizada pela Prefeitura", diz o texto. "O Exército deseja que seja completada a adequação das arenas."

Até hoje, a Arena do Futuro não virou escola, o Estádio de Esportes Aquáticos não transmutou-se em dois outros parques e nenhuma parceria com a iniciativa privada foi feita. O custo da desmontagem e o local de instalação das unidades de ensino adiaram o projeto.

É verdade que algumas instalações são usadas por confederações esportivas e que o COB (Comitê Olímpico do Brasil) fez do Parque Aquático Maria Lenk a sua principal base de treino. Mas o objetivo de transformar o espaço em um centro de treinamento permanente das entidades não foi atingido.

Sociólogo, economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Vainer diz que o problema essencial do Parque Olímpico da Barra é que ele não foi pensado para promover o acesso democrático ao esporte, mas sim um negócio imobiliário, já que fica em uma região de alto custo da cidade.

"A pretexto da implantação do Parque Olímpico, a prefeitura moveu mundos e fundos para remover pela força uma comunidade de cerca de 500 a 600 famílias, a Vila Autódromo", diz. A comunidade removida tinha esse nome por causa do autódromo de Jacarepaguá, que ficava no local e foi demolido para a Rio-2016.

"O que precisamos é da multiplicação de pequenos equipamentos [esportivos] em bairros populares, não de grandes equipamentos luxuosos com custos brutais", completa Vainer. Segundo o governo federal, as construções do Parque Olímpico da Barra e de Deodoro custaram mais de R$ 2 bilhões.

A gestão passou a ser compartilhada nos últimos dias de 2016, quando Paes, no apagar das luzes do seu mandato anterior, assinou um termo de cessão da maior parte das instalações para o então Ministério do Esporte -que repassou uma parte para o Exército. Ex-funcionários apontam a divisão administrativa como uma das dificuldades para gerir o aparelho. Ideias que precisavam de colaboração entre instâncias diferentes por vezes empacaram.

Também citam a falta de continuidade de gestão, problema que se agravou com a extinção da AGLO, autarquia federal fundada em 2017 para cuidar dos equipamentos sob responsabilidade do então Ministério do Esporte.

Seu principal objetivo era concretizar as privatizações e criar um modelo sustentável de gestão. Em 2019, o governo Jair Bolsonaro resolveu não renovar a autarquia. Desde então, a gestão já foi de um novo e menor órgão, o EGLO (também extinto), da Secretaria do Esporte e diretamente da pasta da Cidadania.

O MPF (Ministério Público Federal) e o TCU (Tribunal de Contas da União) também já apontaram suspeitas de superfaturamento nas obras e denunciaram a falta de planos sólidos para gerir as instalações.

"Como se vê, mesmo com todo o esforço empreendido, a formatação do documento de planejamento para a formatação de um modelo de gestão sustentável das arenas olímpicas não teve sucesso", afirmou o ministro Raimundo Carreiro, em 2019.

O MPF identificou que eventos realizados no local, como o Rock in Rio, podem ter pago contrapartidas abaixo do valor correto e também acusou falhas na prestação de contas. Em 2017, por exemplo, cabos foram furtados durante o evento musical. A compensação por eles teria sido paga apenas em 2019. Mas, segundo o procurador Leandro Mitidieri, "ainda não concluímos que esses pagamentos ocorreram e que representam o devido ressarcimento dos danos".

Mais de uma vez foi denunciado o abandono das instalações olímpicas. Em 2019, por exemplo, a Prefeitura do Rio de Janeiro acumulava R$ 11 milhões em dívidas de conta de água e mais R$ 136 mil com a fornecedora de energia elétrica.

A Secretaria Municipal de Esporte suspendeu até agosto o contrato com a concessionária Rio Mais, responsável pela manutenção do Parque Olímpico. A empresa cobra na Justiça R$ 30 milhões em dívidas que afirma ter com o município.

A Rio Mais teria o direito de explorar quase metade do terreno do Parque Olímpico para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários. O desaquecimento fez os planos esfriarem. A empresa também aguarda o desmonte das estruturas provisórias.

Prefeitura, Exército e Secretaria do Esporte dizem que os eventos sediados no Parque foram fortemente impactados pela pandemia, mas que o local não serve exclusivamente ao esporte de alto rendimento e é usado por diferentes projetos sociais que atendem a milhares de pessoas de maneira gratuita. Nos últimos anos, aconteceram ali eventos de lutas, natação, vôlei, ciclismo e outros esportes, além de atividades recreativas e educativas.

Redação

A Prefeitura do Rio realizou, na manhã desta sexta-feira (25/06), a segunda reunião do ano do Conselho da Cidade para construir o Plano Estratégico, com metas e prioridades da cidade até 2024. O encontro, realizado no Palácio da Cidade, em Botafogo, foi aberto pelo prefeito Eduardo Paes e pelo secretário municipal de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo, e debateu as sugestões recebidas da população por meio de enquete na plataforma “Participa.Rio/Retomada”. Ao todo, 237 conselheiros participaram: 67 presencialmente e outros 170 de forma remota.

Mais de 20 mil moradores da cidade elencaram o que consideraram ser mais urgente e importante para o município. O processo colaborativo contou também com a participação de mais de 13 mil crianças e adolescentes de escolas públicas.

Em seu pronunciamento, o prefeito anunciou que o Rio atingiu o equilíbrio fiscal e que os dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação já indicaram uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, que pode chegar a 5%.

– Hoje, podemos dizer que pagamos todas as nossas despesas. Vamos produzir superávit neste ano, independentemente de recursos extraordinários que venham. E vamos garantir esse superávit nos quatro anos seguintes, tentando assegurar um nível de investimento por parte do município parecido com aquele que tivemos no nosso primeiro mandato. Na ocasião, o Rio foi o ente da federação que mais investiu – declarou Paes para, em seguida, exaltar a aprovação do Projeto Reviver Centro, que busca revitalizar a área central da cidade, pela Câmara dos Vereadores e o avanço da vacinação contra a Covid-19 no Rio.

O Conselho da Cidade é um espaço de reflexão sobre desafios do município e reúne personalidades cariocas que contribuem com sua expertise pessoal e profissional para a elaboração do planejamento estratégico, assim como para sua execução nos próximos quatro anos. Essas frentes de debate ocorrem em torno de seis grandes eixos transversais: Cooperação e Paz; Igualdade e Equidade; Longevidade, bem-estar e território conectado; Desenvolvimento Econômico, Competitividade e Inovação; Mudanças Climáticas; e Resiliência e Governança.

– O grau de interação (dos conselheiros) foi incrível. Quero agradecer a todos. Temos muito trabalho pela frente nessas duas semanas, que são decisivas. Vamos nos debruçar. Temos um prazo legal para entregar o Planejamento Estratégico, que não pode ser inatingível. Ele precisa ser muito executável, com pé na realidade – afirmou o secretário municipal de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo.

Entre os integrantes do conselho estão Rodrigo Pimentel, escritor do livro A Elite da Tropa; a atriz Suzana Pires; o médico Gilberto Ururahy; Fabio Szwarcwald, diretor executivo do MAM; o medalhista olímpico Lars Grael; a presidente do Instituto Marielle Franco, Anielle Franco; a médica e a pesquisadora Margareth Dalcolmo.

Criado em 2012 com o propósito de revisar e acompanhar o desenvolvimento e implantação do Plano Estratégico 2013-2016, o conselho foi inicialmente composto por 150 cidadãos cariocas, por naturalidade ou opção, com alguma atuação de destaque no município. Para o desenvolvimento da Visão Rio 500, em 2013, o Conselho da Cidade foi expandido para aproximadamente 300 integrantes.

Redação

O prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, anunciaram nesta sexta-feira (25/06) que as lactantes começarão a ser vacinadas contra a Covid-19 a partir de segunda-feira (28/06). Além disso, de acordo com o 25º Boletim Epidemiológico, divulgado no Centro de Operações Rio (COR), a cidade continua em alto risco de contaminação para a doença e, por isso, as medidas de proteção à vida foram prorrogadas até o dia 12 de julho.

A decisão de começar a vacinação das lactantes teve por base critérios técnico-científicos. O prefeito ressaltou que só fazer pressão não é determinante para liberar a vacina a um grupo específico da população.

– A partir de segunda-feira, a gente começa a vacinar as lactantes, desde que tenham a indicação do profissional de saúde que faz o acompanhamento da criança. Existe uma angústia de diferentes setores da sociedade que querem ser vacinados logo. Não adianta pressão sobre o prefeito para ver o seu grupo vacinado. A pressão é legítima, mas as decisões são tomadas pelas autoridades sanitárias – ressaltou Paes.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alertou que as lactantes, após tomarem a vacina, não devem interromper o aleitamento materno, por causa da reconhecida importância deste alimento para o bebê. O secretário Daniel Soranz frisou que a imunização é necessária a todos, principalmente, porque estamos no inverno.

A manutenção das medidas de proteção à vida, se deveu, principalmente, à preocupação da Prefeitura de que no período de inverno aumenta o número de casos de doenças respiratórias. Daí a necessidade de se reforçar a contínua adoção das medidas sanitárias, como uso de máscara e álcool em gel, e o respeito ao distanciamento social.

– Os meses do inverno são os mais preocupantes para as síndromes gripais, principalmente da Covid, exatamente porque as pessoas andam em ônibus com os vidros fechados, ficam em ambientes mais fechados por conta do frio. A gente reforça o alerta, é muito importante que as pessoas utilizem máscara, evitem se expor desnecessariamente e não se aglomerem. O nosso maior desafio é segurar o avanço da Covid neste período – explicou o secretário Daniel Soranz.

Outro dado que tem recebido a atenção da Prefeitura é o crescente número de pessoas que tentam burlar o sistema de vacinação, na intenção de escolher o fabricante de vacina que vai tomar. Algumas que já receberam a primeira dose de uma marca usam a repescagem para voltar ao posto e tomar outra diferente. Paes foi enfático ao dizer que aqueles que usarem desse artifício terão que responder pelos seus atos.

– As autoridades reafirmam que todas as vacinas funcionam bem, a melhor vacina é aquela que vai no nosso braço. Quero reiterar o nosso pedido, não fiquem querendo burlar o sistema e escolher vacina. Isso é criminoso, é fraude, é um desrespeito à vida. Não vamos deixar essas coisas imunes, vamos identificar os que tomaram vacina diferente fingindo que é a primeira dose. Malandragem demais atrapalha! – afirmou o prefeito, que vai realizar um cruzamento de dados e os casos daqueles que tomaram doses de vacinas diferentes de forma proposital serão encaminhados para investigação do Ministério Público e da polícia.

Vacinação contra a gripe é prorrogada

 

A Prefeitura anunciou também a prorrogação do período de vacinação contra a gripe até o dia 30 de julho. O público-alvo que ainda não recebeu o imunizante pode comparecer às unidades de atenção primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A Secretaria Municipal de Saúde alerta que quem tomou a vacina contra a Covid-19 deve esperar pelo menos 14 dias para se imunizar contra a gripe, e vice-versa.

Os grupos prioritários para a vacina da gripe são idosos (a partir de 60 anos); crianças de seis meses a cinco anos; gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); indígenas e quilombolas; pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente; trabalhadores da saúde e da educação; caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo e de longo percurso; portuários; população privada de liberdade, adolescentes sob medidas socioeducativas e funcionários do sistema prisional; forças de segurança e salvamento e forças armadas.

 

Cenário epidemiológico

 

O 25º Boletim Epidemiológico mostrou que, desde março de 2020, o Município do Rio totalizou 362.131 casos de Covid-19, com 28.270 óbitos. Em 2021 foram 151.404 casos e 9.552 mortes. A taxa de letalidade deste ano atingiu 6,3%, contra 8,9% em 2020; e a de mortalidade, está em 143,4 a cada 100 mil habitantes, contra 281/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 2.272,9/100 mil, quando em 2020 era de 3.163,4/100 mil.

O boletim indicou ainda a permanência de todas as 33 regiões administrativas do município na classificação de alto risco para a transmissão da Covid-19, considerando as internações e óbitos, pela sétima semana seguida. As médias móveis de atendimentos da rede de urgência e emergência, de casos confirmados e de óbitos pela doença apresentaram queda sustentada.

Na última semana, 17 novos casos de diferentes variantes do vírus foram identificados na cidade, sendo 15 moradores locais. Desde a identificação do primeiro caso de novas variantes, o município contabiliza 634, sendo 515 residentes. São 503 casos da brasileira (P.1) e 12 da britânica (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 39 faleceram, 17 permanecem internados e 459 já foram considerados curados. Dos não moradores do Rio infectados pelas variantes, 24 vieram de Manaus, 7 de Rondônia e 88 de outros municípios.

Independentemente da variante, as medidas preventivas são as mesmas para a população: manter o distanciamento, usar máscaras e higienizar as mãos com álcool 70° ou, quando possível, água e sabão; além das demais medidas de proteção à vida estabelecidas na Resolução Conjunta SES/SMS Nº 871 de 12/01/21, que podem ser consultadas no site coronavirus.rio.

A cidade do Rio começou a perceber os efeitos positivos da vacinação contra a Covid-19. Um dos primeiros grupos prioritários convocados pela campanha, os idosos tiveram o número de hospitalizações em decorrência da doença reduzido pela metade desde o início da vacinação: enquanto no primeiro mês do ano eles representaram 69,9% de todos os pacientes internados, agora eles são apenas 35,3%. Em cinco meses de campanha de vacinação, que começou em 18 de janeiro, um dos públicos-alvo mais vulneráveis à pandemia atingiu o menor índice de hospitalização do ano.

A expectativa é que o mesmo efeito seja observado nas demais faixas etárias, conforme o calendário de vacinação avance. Na última semana, a Prefeitura anunciou a antecipação do cronograma na cidade. Até o fim de junho, serão vacinadas pessoas com 47 anos ou mais; até julho, pessoas com 38 anos ou mais; e até agosto, todos os adultos. Em setembro, será a vez dos adolescentes entre 12 e 17 anos, que receberão os imunizantes autorizados para aplicação nesse grupo à época.

Além da aceleração da aplicação da D1, outra frente de atuação da Secretaria Municipal de Saúde tem sido a busca ativa por pessoas que não retornaram no prazo para tomar a segunda dose (D2) da vacina. Atualmente, no município do Rio, há 78 mil pessoas que descumpriram a data prevista para a D2. É fundamental que a população não perca a data de retorno (anotada a lápis no comprovante da D1), pois somente com o esquema vacinal completo, de duas doses, é possível garantir a eficácia da imunização. Quem estiver com a D2 em atraso deve retornar ao local de vacinação onde tomou a D1, o quanto antes, para completar a proteção contra a covid-19.

Até a última quinta-feira (24/06), 2.836.366 pessoas haviam tomado a primeira dose (D1) da vacina contra a Covid-19 no Rio, representando 53,7% da população carioca elegível para a vacinação (a partir de 18 anos). Desse total, 976.600 completaram o esquema vacinal, recebendo também a segunda dose do imunizante.

Para reforçar a campanha de vacinação e garantir a imunidade de cada vez mais cariocas, além das vacinas já disponíveis CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer, na próxima semana o município do Rio recebe também o imunizante da Janssen, que em apenas uma dose já é capaz de conferir proteção contra a Covid-19. A SMS ratifica que todas as vacinas ofertadas são comprovadamente eficazes e seguras, e são oferecidas aos cidadãos de acordo com a disponibilidade de cada ponto de vacinação (PV). A população deve garantir a dose da vacina disponível no momento em que se dirigir ao posto, sem preferência por fabricante.

A SMS disponibiliza 280 pontos de vacinação em toda a cidade, de segunda-feira a sábado, para facilitar o acesso da população à vacina. A lista desses pontos, seus horários de funcionamento, o calendário de vacinação e mais informações sobre grupos prioritários, documentos, etc. estão disponíveis em coronavirus.rio/vacina e nas redes sociais da SMS. Neste sábado (26/06), serão vacinadas gestantes e puérperas a partir de 18 anos e trabalhadores da Comlurb, além de haver repescagem para pessoas com 48 anos ou mais, pessoas com deficiência e pessoas com comorbidades (lista PNI).

 

PaqueTá Vacinada

 

No domingo, dia 20 de junho, aconteceu importante etapa do projeto “PaqueTá Vacinada”, quando foi alcançada a imunização de 96% da população adulta da ilha com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, como parte de um estudo, com apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que vai avaliar os efeitos da vacinação em larga escala e a segurança do imunizante. Apenas 111 moradores maiores de 18 anos ainda não foram vacinados, alguns deles porque contraíram Covid-19 e precisam aguardar passar 30 dias do início dos sintomas para tomar a vacina.

Além da imunização, 70% dos moradores de Paquetá foram testados para inquérito epidemiológico comparativo de presença de anticorpos nos momentos pré e pós-vacinação. Dos testados, 549 foram crianças ou adolescentes, dos quais 21,5% apresentaram resultado indicando que tiveram exposição ao coronavírus.

 

Medidas de proteção à vida

 

As medidas de proteção à vida estabelecidas no Decreto Nº 48.912, de 27 de maio de 2021 foram prorrogadas até 12 de julho. Bares, lanchonetes, restaurantes, quiosques da orla e congêneres continuam com permissão para o consumo apenas para clientes sentados, com distanciamento mínimo de um metro e meio entre cada conjunto composto por mesa e cadeiras limitado a oito ocupantes, sendo admitida música ao vivo sem restrição de horário. Já as academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e condicionamento físico podem ter aulas em grupos, com a ocupação dos ambientes limitada a um indivíduo a cada quatro metros quadrados.

Casas de espetáculo, concertos e apresentações podem funcionar, desde que mantenham distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os participantes, com capacidade de lotação máxima de 40% em locais fechados e 60% em locais abertos, somente com público sentado. As mesmas regras valem para atividades comerciais e de prestação de serviços localizadas no interior de shopping centers, centros comerciais e galerias de lojas, bem como as atividades de museu, biblioteca, cinema, teatro, casa de festa, salão de jogos, circo, recreação infantil, parque de diversões, temáticos e aquáticos, pista de patinação, entretenimento, visitações turísticas, aquários, jardim zoológico, apresentações, drive-in, feiras e congressos, exposições e eventos autorizados. Em todas essas ocasiões, a formação de filas de espera e de aglomerações na entrada e saída é proibida.

Rodas de samba estão liberadas, mas continuam suspensos o funcionamento de boates, danceterias e salões de dança; a realização de eventos, como festas com vendas de ingresso, em áreas públicas e particulares. A fiscalização das indicações do decreto será feita pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), a Guarda Municipal do Rio de Janeiro e o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (IVISA-Rio) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).