A planície goitacá é o faroeste. Faroeste Cabrunco trata da relação entre o campo e cidade, locais que contrastam a pobreza dos Cabruncos e o status Dos lamparões. Na trama, um misterioso Peregrino chega a cidade, Dominada por homens autoritários e sem escrúpulos. Sua presença ameaça o poder do General, que Comanda toda a região. A esperança do povo é depositada na coragem Desse desconhecido, que luta por justiça social e Respeito aos menos favorecidos. O conflito está marcado. Quem será o mais rápido no gatilho?

Partindo dessa premissa, o filme Faroeste Cabrunco quer trazer os clássicos Westerns para Campos dos Goytacazes, uma região que combina com perfeição a vida rural e a urbana. Da mesma forma, a luta por direitos une ficção e realidade, mulheres e homens. O objetivo é apresentar ao público da cidade essa ideia. Assim, a equipe vai registrar o trabalho em áudio e vídeo das visitas as locações, ensaios, leitura do roteiro, gravações e finalização em um documentário de 52 minutos. O público vai acompanhar a realização do filme e o resultado final em uma ação nunca antes feita.

Sobre o elenco, o projeto vai mesclar experiência com juventude ao trazer apenas atores nascidos em Campos. Renato Júnior interpretará Peregrino, o protagonista. Um implacável homem que vaga pelas terras trazendo justiça por onde passa. Tonico Pereira interpretará o antagonista conhecido como O General, um vilão à moda antiga. Tonico dispensa apresentações mais formais. É um ator, campista, com mais de 50 anos de carreira, boa parte dela na Rede Globo, onde fez papéis memoráreis. Lívia prado, uma jovem atriz premiada em campos e região, também integra o elenco principal.

Para realizar o filme, os profissionais envolvidos nos bastidores são campistas ou vivem na cidade. Essa preocupação foi para incentivar a produção local de cultura e valorizar a mão de obra que tanto sofreu nessa pandemia. São artistas e técnicos talentosos e nem sempre reconhecidos pela sociedade. O projeto foi aprovado no edital municipal através da Lei Aldir Blanc. Porém, a execução dele depende também da ajuda de empresários e entusiastas. No momento, a produção da obra depende do incentivo de pessoas físicas, jurídicas e instituições que acreditam na arte como transformação social. A marca do patrocinador será exibida nas postagens das redes sociais e no próprio filme. O convite para promover a marca nos dias de gravação ou em lives serão alternativas para empresas ou instituições. Nos dias de gravação os patrocinadores e seus convidados podem promover eventos e contar com os atores do filme, mas com agendamento prévio.

Os interessados em patrocinar o filme podem enviar um e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Também podem entrar em contato pelo Instagram do filme, o @faroeste_cabrunco.

Por: Lucas Brêda

Cerca de 300 salas de cinema foram fechadas no Brasil desde o início da pandemia. No começo de 2020, antes da confirmação do primeiro caso de Covid-19 no país, o parque exibidor nacional tinha cerca de 3.500 salas –quebrando um recorde de 1975, do auge da era da pornochanchada–, e agora passa a ter cerca de 3.200.

A diminuição da quantidade de salas acontece graças ao tempo de paralisação devido à pandemia, que marcou a maior crise do setor em todos os tempos, segundo Ricardo Difini Leite, presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec). Para ele, contudo, a redução no número de salas poderia ter sido ainda maior.

Após mais de seis meses fechados devido a pandemia da Covid-19, as salas de cinema da capital paulista voltaram a funcionar para o público. Movimentação no "Pela crise que houve no setor, até que não foi uma quantidade expressiva", ele diz. "Teve uma redução de 8% do mercado. Afetou mais empresas de pequeno porte, familiares, e do interior. Algumas já não estavam tendo um resultado bom muito antes e, com a pandemia, acabaram decidindo pelo fechamento."

As cerca de 300 salas fechadas não representam o fechamento do mesmo número de empresas, já que cada uma delas pode ter mais de uma sala. Difini Leite avalia que o fechamento das salas aconteceu em todas as partes do país. "Não teve uma concentração. Tem a questão dos pequenos grupos. O Itaú fechou em alguns lugares, mas poucas operações. E às vezes até a redução de salas num mesmo complexo –uma readequação. O problema foi generalizado."

Antes da pandemia, a quantidade de salas de cinema no Brasil estava aumentando, principalmente a partir da chegada dos exibidores a regiões em que havia poucos ou nenhum cinema.
Apesar da maior parte do parque exibidor ainda estar concentrada nas grandes metrópoles e na região Sudeste, a década anterior à pandemia viu a oferta de salas no Nordeste mais do que dobrar. No Norte, quase triplicou, com um salto de 181% desde 2009. Nos municípios com mais de 100 mil habitantes, o total de salas dobrou entre 2009 e 2018.

Segundo o presidente da Feneec, o que impediu a crise de ser ainda maior foi o financiamento que o setor conseguiu com a Agência Nacional do Cinema, a Ancine. "Foi um valor de R$ 400 milhões. Se não fosse isso, teríamos uma quantidade bem maior de fechamentos. Ajudou muito o setor a se manter enquanto estava fechado."

Nos últimos meses, com o afrouxamento das regras sanitárias, os cinemas voltaram a receber público presencialmente, com destaque para a alta bilheteria de "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa", que nos últimos dias se tornou a maior estreia de um filme no Brasil, com 1,7 milhão de espectadores no primeiro dia. Entre os filmes nacionais, o destaque é "Marighella", de Wagner Moura, que foi a produção brasileira mais vista do ano.

Mas apesar dos números de "Homem-Aranha" mostrarem que o público estava com saudades de ir ao cinema, uma recuperação do setor ainda deve se desenrolar ao longo dos próximos anos. "Temos visto uma situação bem conservadora das empresas, de aguardar mais um pouco para ter certeza de como o cenário vai acontecer em 2022 antes de tomar atitudes de expansão, de novas salas. Certamente vai ser um ano de manter essas salas e entender o mercado para depois investir em novas salas a partir de 2023."

Até porque, diz Difini Leite, a pandemia ainda não está totalmente resolvida. "Há uma incerteza de que não vai ter uma nova paralisação. Então, mesmo tendo uma expectativa de aumento, bilheterias indo bem, ninguém pode garantir que amanhã não vai haver risco. A gente acredita que não, espera que não, mas o mercado está observando."