Everton Lopes Batista (Folhapress)

Museus de ciência têm como uma de suas principais marcas a interatividade -tocar, ouvir e sentir despertam a curiosidade do visitante e estimulam o aprendizado como se fosse uma brincadeira. Tudo isso, porém, está fora do alcance neste momento devido à pandemia de Covid-19. Essas instituições estão entre os pontos mais marcantes de difusão da ciência -que é celebrada no Brasil nesta quinta-feira (8) com o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico.

"Os museus e centros de divulgação de ciência tiveram um impacto muito grande durante a pandemia. A presença das pessoas e a possibilidade de tocar as coisas está na essência desses espaços, e isso está inviável agora", diz Fatima Brito, diretora da Divisão de Programas da Casa da Ciência da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O jeito foi levar esses museus para o mundo digital, com visitas virtuais por videoconferência que mostram o acervo e os experimentos ou transmissões ao vivo (lives) sobre temas que vão desde a doença de Alzheimer até a astronomia indígena.

O material produzido no período fica disponível na internet e já é consultado por professores, estudantes e pessoas que buscam mais conhecimento sobre os assuntos. "Foi um desafio, mas a ampliação da presença na internet trouxe muitas vantagens. Agora temos uma equipe treinada para fazer o trabalho e ampliamos nosso alcance para o público de outras cidades, que depois pode vir nos visitar", diz Carlos Lucena, diretor do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre.

O espaço reabriu em 26 de maio, mas com capacidade reduzida e adaptações. O museu, que recebia cerca de 100 mil pessoas por ano, agora pode ter no máximo 150 visitantes por dia –público inferior à metade do que era o habitual. E nem todos os experimentos podem ser acessados na visita.

Nas redes sociais do museu da PUCRS, os educadores do espaço demonstram os experimentos do local e explicam os princípios científicos por trás deles. O pêndulo de Foucault que o espaço abriga, por exemplo, é uma maneira simples de mostrar que a Terra (que é redonda, vale lembrar) roda em torno de seu próprio eixo.

O MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte, aposta nas visitas mediadas virtuais, feitas por videoconferência. O local, fechado desde março de 2020, conta com o financiamento da empresa que é a maior produtora de aço no país.

Ali, o visitante pode mergulhar no mundo da geologia e da mineração, o que inclui contato (a distância, neste momento) com exemplares de pedras raramente vistas pelo público.
Segundo Márcia Guimarães, diretora do MM Gerdau, a maior presença nas redes sociais fez o público virtual do local mais do que dobrar -
-foi de cerca de 2 milhões em 2019 para mais de 4 milhões em 2020. Até pessoas de fora do país passaram a ter contato com a instituição, diz Guimarães.

As visitas virtuais no MM Gerdau oferecem três opções de roteiro e acontecem em horários específicos. A participação deve ser agendada por meio de um link disponível no Instagram da instituição ou pelo site mmgerdau.org.br. Professores que estejam trabalhando algum tema relacionado ao museu com seus alunos também podem entrar em contato e pedir um enfoque maior no assunto. A instituição tem ainda exposições online na plataforma Google Arts & Culture.

"É muito importante que as ações digitais não se percam depois da pandemia. Muitas pessoas sem dinheiro e com um celular, que não poderiam vir até aqui, conseguem acessar o museu desta forma", afirma Guimarães.

Ao lado do MM Gerdau, na praça da Liberdade, fica o Espaço do Conhecimento UFMG. O centro de divulgação científica bastante moderno também está fechado desde março de 2020.
A exposição Mundos Indígenas, em cartaz na época do fechamento do espaço, foi transformada em uma série de vídeos para o YouTube, e as sessões de astronomia do planetário, o único da cidade, tornaram-se uma série de transmissões ao vivo no canal de vídeos chamada Descobrindo o Céu.

"Foi uma mudança radical, mas frutífera, resultado da integração e motivação de toda a equipe. Temos um acompanhamento mensal dos acessos ao nosso site e às mídias e o crescimento é surpreendente", diz Diomira Faria, diretora científico-cultural do Espaço do Conhecimento.

"O virtual não substitui o presencial. Como ocorreu com outras modalidades de consumo cultural, o virtual é complementar. Para o pós-pandemia, apostamos em modelos híbridos, atividades presenciais concomitantes com virtuais", completa Faria.

Na Casa da Ciência da UFRJ, um blog agrega todo o conteúdo, que vai para as redes sociais também. Em uma das séries mais recentes de publicações, a Bastidores da Ciência, os laboratórios da UFRJ são a principal estrela.

"Neste momento em que vemos negacionismo da ciência na sociedade, precisamos de mais canais para divulgar o que os institutos de pesquisa desenvolvem. É um estímulo para que mais laboratórios apresentem sua produção. Quem sabe com isso não possamos ter mais cientistas no futuro?", diz Fatima Brito, diretora da Divisão de Programas.

Luciane Correia Simões, produtora cultural na Casa da Ciência, diz que a equipe precisou passar por um treinamento para poder produzir o conteúdo de divulgação científica na internet. "Não é fácil lidar com essa linguagem mais moderna", afirma. Para Simões, a experiência foi desafiadora, mas abriu novas possibilidades para a instituição: "Um dia a gente vai viralizar", diz.

O Parque da Ciência Newton Freire Maia, localizado na cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, voltou os esforços nos primeiros meses da pandemia para a modernização do espaço e construção de novos experimentos no local. Nos últimos meses, o Parque passou a transmitir sessões de astronomia pela internet, no canal youtube.com/user/ParquedaCienciaPR.

O planetário do Parque é pioneiro em fazer as apresentações considerando a astronomia tradicional e a indígena, com constelações que formam animais típicos do Brasil, como a anta e a ema.

"Ficamos surpresos com a repercussão dos vídeos e queremos expandir. Não temos como atingir todas as escolas do Paraná, mesmo com a exposição itinerante que mantemos. Os meios digitais são uma forma rápida de levar conhecimento em um momento em que as pessoas precisam de material confiável", diz Anisio Lasievicz, diretor do Parque, que conta com mais de 8 mil metros quadrados de área de exposições.

Uma das maiores referências em centro de divulgação científica do país, o Museu Catavento, em São Paulo, está aberto desde o final de abril, mas o público, que antes era de cerca de 2.500 pessoas por dia, agora não pode passar de 490 pessoas diariamente para evitar aglomerações.

A visita deve ser agendada antecipadamente por um dos telefones do museu, e alguns setores do prédio ainda estão fechados. "Lugares sem ventilação adequada ou que poderiam ter aglomeração vão continuar fechados por enquanto", diz Pamela Andrade, historiadora que faz parte do educativo do Catavento.

Em paralelo, o Catavento vem desenvolvendo atividades nas redes sociais, o que envolveu toda a equipe de profissionais da instituição. Séries de vídeos disponíveis no YouTube englobam boa parte das atividades e da história do museu.

No ano passado, o Zooparque Itatiba, em Itatiba (a cerca de 80 quilômetros de São Paulo) inaugurou o espaço "Viagem pela Evolução e Biodiversidade do Mundo", um museu de ciências que passa por diversas áreas do conhecimento em uma área ampla, com mais de 2 mil metros quadrados de exposição. O ingresso (R$ 30 para crianças de 3 a 11 anos e R$ 70 para adultos) permite visita ao museu e ao zoológico mantido ali.

Para gestores das instituições, a pandemia mostrou que a transformação digital veio para ficar, mas, do lado dos museus, ainda precisa ser lapidada, e do lado do poder público, é preciso ampliar o acesso à internet de qualidade e a equipamentos que permitam usufruir do material educativo disponível.

Na avaliação dos gestores, as escolas públicas foram as que mais sofreram com o fechamento dos espaços. "Recebíamos gratuitamente escolas que ficam em áreas de vulnerabilidade social, e agora não conseguimos atender a esse público com a tecnologia", diz Lucena, do museu da PUCRS.
Onde encontrar os museus de ciência

Museu Catavento (São Paulo)
Quando: visitas presenciais de quarta-feira a domingo, das 11h às 16h; agendamento obrigatório pelos telefones (11) 3315 0051 e (11) 3246 4140, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h
Quanto: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Onde: avenida Mercúrio, s/n - Parque Dom Pedro II
Programação na internet: instagram.com/museucatavento; facebook.com/cataventocultural e youtube.com/user/CataventoCultural

Museu de Ciências e Tecnologia - PUCRS (Porto Alegre)
Quando: visitas presenciais de terça a sexta-feira, das 9h às 17h; sábados, das 10h às 18h; agendamento obrigatório pelo telefone (51) 3320-3521, email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e site pucrs.br/mct
Quanto: R$ 20
Onde: avenida Ipiranga, 6681 - Partenon
Programação na internet: facebook.com/museudapucrs; tiktok.com/@museudapucrs e twitter.com/museupucrs

MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal (Belo Horizonte)
Programação na internet: instagram.com/mmgerdau
Espaço do Conhecimento UFMG (Belo Horizonte)
Programação na internet: instagram.com/espacoufmg; facebook.com/espacodoconhecimentoufmg e youtube.com/user/espacoufmg

Casa da Ciência da UFRJ (Rio de Janeiro)
Programação na internet: casadaciencia.ufrj.br; youtube.com/user/CasadaCiencia e instagram.com/casadacienciadaufrj

Parque da Ciência Newton Freire Maia (Pinhais, região metropolitana de Curitiba)
Programação na internet: parquedaciencia.pr.gov.br; instagram.com/parquedaciencia e youtube.com/user/ParquedaCienciaPR

Zooparque Itatiba (Itatiba, região metropolitana de Campinas)
Quando: visitas presenciais todos os dias, das 9h às 17h
Quanto: R$ 35 (crianças de 3 a 11 anos) e R$ 70 (adultos); crianças de até 2 anos têm entrada gratuita
Mais informações no site: zooparque.com.br

Paulo Saldaña (Folhapress)

O governo Jair Bolsonaro ingressou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender lei que prevê garantia de conexão à internet a alunos e professores de escolas públicas. Essa lei fora vetada pelo presidente, mas o Congresso derrubou o veto.

Há a previsão de aplicação de R$ 3,5 bilhões de recursos federais para ações de conectividade. A nova lei foi uma resposta do Congresso à ausência da gestão Bolsonaro no enfrentamento dos reflexos da pandemia na educação básica -o orçamento do MEC (Ministério da Educação) ainda passa por reduções.

Após a derrubada do ato de Bolsonaro, em 1º de junho, a lei nº 14.172 foi promulgada no dia 10 daquele mês pelo governo federal. Mas, na noite desta segunda-feira (5), a AGU (Advocacia-Geral da União) ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para impugná-la.

A lei define que os R$ 3,5 bilhões sejam transferidos para estados e municípios em 30 dias. Essa obrigação, que vence no próximo dia 10, é o principal questionamento da AGU.

"A referida imposição, no entanto, foi editada à revelia de importantes regras do processo legislativo, como a iniciativa reservada do Presidente da República para diplomas que interfiram nas atribuições dos órgãos do Poder Executivo", diz a peça, de 50 páginas, assinada pelo advogado-geral da União, André Mendonça.

"[A lei] criou situação que ameaça gravemente o equilíbrio fiscal da União, mediante o estabelecimento de ação governamental ineficiente, que obstará o andamento de outras políticas públicas", diz a inicial.

A Folha de S.Paulo questionou o MEC e a AGU, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O Ministério da Economia informou que não comentaria a ação.

Além de pedir o reconhecimento da inconstitucionalidade do ato, a AGU quer barrar essa transferência e pede a suspensão da eficácia da lei até o julgamento final. O órgão aponta que é inconstitucional o estabelecimento de despesa "sem o respeito às condicionantes fiscais", especialmente por não não haver atualmente, diz o governo, decreto de calamidade pública para essa finalidade.

O órgão ainda cita que o atendimento à lei pode acarretar desrespeito ao teto de gastos públicos e, sem entrar em detalhes, diz que poderia causar "prejuízo ao custeio de políticas públicas educacionais". Também afirma que há "violação ao princípio da eficiência e aos postulados da razoabilidade e da proporcionalidade".

O governo Bolsonaro nunca previu recursos para a educação nos instrumentos de apoio financeiro durante a pandemia. O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, sempre se posicionou contrário à lei, apesar de o MEC não ter tido protagonismo nesse período nos desafios enfrentados na educação básica.

A desigualdade no acesso à internet tem sido um dos principais problemas para a manutenção de aulas na pandemia no esquema remoto. A continuidade de atividades online, com um modelo híbrido, é a aposta da maior parte das redes de ensino, mas o plano empaca no alto percentual de alunos e escolas sem conexão.

Ao vetar o projeto, em março, Bolsonaro argumentou que a medida não apresentava estimativa de impacto orçamentário e financeiro e provocaria rigidez orçamentária, "dificultando o cumprimento da meta fiscal e da regra de ouro".

A lei prevê que sejam utilizados recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações).

O governo Bolsonaro quer ao programa seja executado de acordo com a disponibilidade financeira da união, segundo a AGU. As transferências também devem, de acordo com a ação, ser condicionadas a requisitos orçamentários e financeiros.

O MEC fechou o ano passado com recordes negativos de execução orçamentária na educação básica. Os gastos em educação em geral estão em queda sob Bolsonaro: representaram no ano passado 5,2% das despesas totais do governo; o percentual já foi de 6,5% em 2016.

Redação

A Secretaria Municipal de Educação informa que mais 20 unidades escolares retomam o ensino presencial a partir desta terça-feira (29/6), cumprindo todos os protocolos sanitários determinados pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19. Desta forma, atendendo às expectativas de pais e responsáveis, nesta semana já serão 1.522 escolas e mais 5.887 alunos com aulas aplicadas diretamente pelos professores, o que representa 98,6% da rede de ensino. Serão beneficiados estudantes de toda a rede – desde o berçário até o Ensino de Jovens e Adultos (EJA), incluindo as classes especiais.

Desde a semana passada, a carga horária diária de estudo aumentou. As unidades com turno parcial, que ofereciam três horas de aulas por dia, agora oferecem quatro horas. E as unidades escolares de turno único aumentaram a carga horária de três para seis horas por dia.

Importante lembrar que o ensino presencial é opcional, ficando a decisão da escolha da modalidade de ensino a cargo de alunos, pais e responsáveis. Atualmente, de acordo com pesquisas feitas pela SME, 78% dos responsáveis desejam o retorno presencial. Quem preferir, pode continuar no modo remoto de estudo em suas diversas possibilidades.

Para garantir as melhores condições de trabalho a toda a comunidade escolar, a rede municipal de educação do Rio segue um rigoroso protocolo sanitário, o que permite o retorno das aulas presenciais com responsabilidade. É considerada apta ao retorno das aulas presenciais a unidade escolar que estiver adequada aos itens do checklist sobre insumos e instalações, que estabelece pontos diversos como: distanciamento seguro, instalações de dispensadores de álcool 70º em gel no prédio ou funcionário aplicando álcool 70º na mão dos alunos, e, entre outras medidas, bebedouros adaptados com torneira para enchimento de copos e garrafas. Recentemente, as unidades escolares municipais receberam R$ 18,1 milhões da SME em verba para fazer ajustes e pequenos reparos.

E no início do ano, a SME recebeu e distribuiu 800 mil máscaras descartáveis. Além disso, em maio, foram adquiridas 336 mil máscaras PFF2. Cada profissional da Educação, de merendeira a professor, recebeu seis máscaras deste modelo, que é considerado por especialistas como um dos mais eficientes na proteção individual.

 

Retorno é facultativo

Como o retorno às aulas presenciais é facultativo, o aluno que optar em não ir à escola seguirá estudando por meio do ensino remoto. Desde o início do ano letivo (8/2), os estudantes da Rede Municipal podem conferir as videoaulas elaboradas e apresentadas por professores da rede municipal. O Rioeduca na TV vai ao ar pelo sinal aberto da TV Escola (canal 2.3) e também pela TV fechada: NET/Claro (canal 15), Claro TV (canal 8), Oi TV (canal 25), Sky (canal 21) e Vivo (canal 7). As videoaulas do Rioeduca na TV também ficam disponíveis no canal da MultiRio no YouTube (www.youtube.com/multiriosme). Além disso, no Portal MultiRio, uma área especial (http://multi.rio/rioeducanatv) reúne informações sobre o Rioeduca na TV, como a programação, e conteúdos relacionados. E os alunos também podem estudar pelo aplicativo de ensino da SME.

 

Dados de internet para os alunos

A SME disponibiliza o aplicativo Rioeduca em casa, que pode ser baixado em smartphones dos estudantes e responsáveis, disponível para IOS e Android. O acesso é gratuito, porque a SME está pagando pelos dados de internet para os alunos. Estudantes que não têm equipamentos para acessar a internet ou morem em áreas sem cobertura, vão receber material didático extra impresso e, frequentemente, irão às escolas deixar as atividades didáticas. Caso o aluno tenha alguma dúvida, ela será respondida na próxima vez em que ele for à escola buscar suas atividades didáticas.

Redação

Na última quarta-feira, dia 30 de junho, o Grupo Sinergia Educação (Colégios CEL Intercultural School e Franco-Brasileiro) promoveu a terceira edição da live Rodas de Conversa – Debatendo o Futuro da Educação. Tendo como tema 'Por dentro do Novo Ensino Médio', o convidado da vez foi Wolney Candido de Melo, Mestre em Ensino de Física pelo Instituto de Física da USP, Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da USP e pedagogo com habilitação em Direção e Supervisão Escolar.

O bate-papo foi apresentado por Victor Muller (gerente de RH do Grupo Sinergia) e mediado pela professora Priscila Resinentti, graduada em Ciências Biológicas (UFRJ), especializada em Educação Básica pela UERJ, mestre em Educação pela PUC e doutora em Ciências Humanas – Educação (PUC).
Wolney iniciou a Rodas de Conversa apresentando números de matrículas na Educação Básica no Brasil de 2017 a 2020.

O convidado especial fez algumas pontuações a respeito da formação escolar no país. Entre elas:

- A espinha dorsal do novo Ensino Médio é a gente parar de olhar as disciplinas de maneira isolada e olhar por área do conhecimento. Uma segunda coisa é que ele tem que permitir a estrutura curricular flexível. O Ensino Médio hoje está engessado em 13 disciplinas que, muitas vezes, não conversam uma com a outra. Em geral, quantas vezes o professor de Biologia desenvolve um trabalho com o de Física? Temos professores excelentes nas redes públicas e privadas que buscam essas parcerias, mas são iniciativas individuais – explicou Wolney durante a live.

O Doutor em Educação pela USP também falou da importância de uma sala de aula cada vez mais antenada com o mundo contemporâneo:

- O ENEM em papel vai acabar. E isso é bom, mas claro que tem muita coisa para se ajustar até lá. Quando tivermos na era digital, vai dar pra inserir filme, vai aumentar o número de recursos neste processo

Priscila fez algumas pontuações, como esta a seguir:

- As avaliações externas estão apontando que há um problema realmente sério relacionado ao Ensino Médio e a gente não pode cruzar os braços. Neste sentido, isso vai compondo um panorama que precisa culminar com uma política pública voltada para esses jovens. Eles deveriam estar na escola, acessando conhecimento não só cognitivo, mas sócio-emocional, tendo uma possiblidade de formação integral.

A doutora em Ciências Humanas – Educação (PUC) também destacou a importância dessa fase da vida acadêmica:

- O Novo Ensino Médio se configura como espaço de escolhas e decisões responsáveis, o que traz luz ao protagonismo juvenil e ao seu projeto de vida.

Veja a íntegra da terceira edição da live Rodas de Conversa clicando Aqui

Redação

A partir desta terça-feira (22/06), mais 20 escolas municipais vão retomar o ensino presencial. A Secretaria Municipal de Educação informa que estas unidades escolares receberam as adequações necessárias para o cumprimento dos protocolos sanitários para o enfrentamento da Covid-19. Com essa medida, que atende às expectativas de pais e responsáveis, já serão 1.502 unidades municipais e mais de oito mil alunos com aulas aplicadas diretamente pelos professores, o que vai beneficiar estudantes de toda a rede, desde o berçário até o Ensino de Jovens e Adultos (EJA), incluindo as classes especiais.

Nesta nova etapa da retomada, 97% da rede municipal de ensino estarão funcionando com atividades presenciais. Vale lembrar que o ensino presencial é opcional, ficando a decisão de comparecer  a cargo de alunos, pais e responsáveis. Quem preferir, pode continuar no modo remoto de estudo em suas diversas possibilidades.

Para garantir as melhores condições de trabalho a toda a comunidade escolar, a Rede Municipal de Ensino segue um rigoroso protocolo sanitário. É considerada apta ao retorno das aulas presenciais a unidade escolar que estiver adequada aos itens do checklist sobre insumos e instalações, que estabelece pontos diversos como instalações de dispensadores de álcool 70º em gel no prédio ou funcionário aplicando álcool 70º na mão dos alunos, além de bebedouros adaptados com torneira para enchimento de copos e garrafas. Recentemente, as unidades escolares municipais receberam R$ 18,1 milhões em verba para fazer ajustes e pequenos reparos.

No início do ano, a SME recebeu e distribuiu 800 mil máscaras descartáveis. Além disso, em maio foram adquiridas 336 mil máscaras PFF2. Cada profissional da educação, de merendeira a professor, recebeu seis máscaras deste modelo, que é considerado por especialistas como um dos mais eficientes na proteção individual.


Retorno é facultativo

O aluno que optar em não ir à escola seguirá estudando por meio do ensino remoto. Desde o início do ano letivo, no dia 8 de fevreiro, os estudantes da rede municipal podem conferir as videoaulas elaboradas e apresentadas por professores da rede municipal. O Rioeduca na TV vai ao ar pelo sinal aberto da TV Escola (canal 2.3) e também pela TV fechada: NET/Claro (canal 15), Claro TV (canal 8), Oi TV (canal 25), Sky (canal 21) e Vivo (canal 7). As videoaulas do Rioeduca na TV também ficam disponíveis no canal da MultiRio no Youtube. Além disso, no Portal MultiRio, uma área especial reúne informações sobre o Rioeduca na TV, como a programação, e conteúdos relacionados.

 

Dados de internet para os alunos

A SME disponibiliza ainda o aplicativo Rioeduca em casa, que pode ser baixado nos smartphones dos estudantes e responsáveis, disponível para IOS e Android. O acesso é gratuito, porque a Prefeitura está pagando pelos dados de internet para os alunos. Estudantes que não têm equipamentos para acessar a internet ou morem em áreas sem cobertura, recebem material didático extra impresso e, frequentemente, vão às escolas deixar as atividades didáticas. Em caso de dúvida, ela será esclarecida na próxima vez em que o aluno for à escola.

 

Confira a lista das 20 escolas que retornam ao ensino presencial

  • EM Epitácio Pessoa – Andaraí
  • CM Winnie Mandela – Morro do Andaraí
  • EM Leonidas Sobrinho Porto – Bangu
  • EM Henrique de Magalhães – Bangu
  • EM Marieta da Cunha da Silva – Bangu
  • CM Nova Aliança – Bangu
  • CM Vila Kennedy – Bangu
  • EDI República Árabe Unida – Bangu
  • EM Maria Montessori – Campo Grande
  • EM Professor Fábio César Pacífico – Campo Grande
  • EM Roma – Copacabana
  • EM Presidente Antônio Carlos – Cosmos
  • EM Jornalista Orlando Dantas – Ilha do Governador
  • EM Sebastião de Lacerda – Irajá
  • EM Senador Corrêa – Laranjeiras
  • EM Benedito Ottoni – Maracanã
  • EDI Barbara Ottoni – Maracanã
  • EDI Sargento Jorge Faleiro Souza – Olaria
  • EM Ministro Afrânio Costa – Penha Circular
  • EM Presidente Roosevelt – Realengo