O Flamengo está nas oitavas de final da Copa Libertadores. Na noite desta terça-feira (17), no Maracanã, o time rubro-negro venceu a Universidad Católica, do Chile, por 3 a 0, e garantiu a vaga na próxima fase de forma antecipada.

O triunfo foi construído com gols de Arão, Everton Ribeiro -que comemoraram os gols com o técnico Paulo Sousa, que vem sendo alvo de críticas da torcida- e Pedro. A boa atuação acontece também em meio aos protestos contra a diretoria.

Com o resultado positivo, a equipe da Gávea chegou a 13 pontos e avança no Grupo H, enquanto a Universidad Católica permanece com quatro.

Na próxima rodada da competição, o Flamengo encara o Sporting Cristal, na próxima terça-feira (24), novamente no Maracanã. A Universidad Católica enfrenta o Talleres, da Argentina, em casa.

O time rubro-negro volta a campo no sábado (21), contra o Goiás, em casa, pelo Campeonato Brasileiro. No torneio nacional, o time da Gávea tem seis pontos e está próximo da zona de rebaixamento.

O Flamengo voltou ao Maracanã na noite desta terça-feira. O estádio esteve fechado recentemente para o plantio de grama de inverno, o que fez o time rubro-negro mandar os jogos em outros locais, como no Mané Garrincha, em Brasília, e no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

A equipe de Paulo Sousa fez um primeiro tempo sólido e consistente. Com o apoio da torcida, o clube rubro-negro controlou o jogo e dominou a Católica nos 45 minutos iniciais. Destaques para os autores dos dois primeiros gols: Everton Ribeiro, que circulou o campo, ocupando espaços em todos os setores, e Willian Arão, que se apresentou intenso na marcação.

Na etapa final, o Flamengo se apresentou mais abaixo e diminuiu o ritmo, dando um pouco mais de campo ao adversário. Mas, ainda assim, o time da Gávea manteve o controle da partida.

Enquanto a Católica avançada em busca do gol, o time carioca se aproveitava dos espaços. Pedro entrou no segundo tempo e movimentou a partida e, após duas chances, marcou o terceiro gol do Flamengo.

A Universidad Católica tentou atuar "de igual para igual" e pressionar o Flamengo no início do jogo, mas, apesar da posse de bola nos primeiros minutos, logo se mostrou dominada pelo adversário e com bastante dificuldade em criar oportunidades. Além disso, mas investidas ao ataque, acabava deixado espaço para que o clube carioca pudesse contra-atacar.

O técnico Ariel Holan, ex-Santos, não comandou a Universidad Católica na partida por ter testado positivo para Covid-19. Rodrigo Valenzuela foi quem esteve à beira do gramado.

Na volta do intervalo, os chilenos fizeram mudanças e tentaram uma presença maior no campo de ataque, e até conseguiram. Porém, mesmo com os visitantes tendo a posse de bola, logo o Flamengo passou a pressionar, ganhar o meio e aproveitar as brechas para criar chances. Assim, o elenco rubro-negro chegou ao terceiro.

FLAMENGO
Hugo Souza, Matheuzinho (Rodinei), Rodrigo Caio, Pablo e Ayrton Lucas; Willian Arão, Andreas Pereira (João Gomes), Everton Ribeiro e Arrascaeta (Victor Hugo); Bruno Henrique (Lázaro) e Gabriel (Pedro). T.: Paulo Sousa

UNIVERSIDAD CATÓLICA
Sebastián Pérez; Asta-Buruaga, Nehuén Paz (Tapia) e Parot; Astudillo (Rebolledo), Saavedra, Cuevas, Fuenzalida e Felipe Gutiérrez; Valencia e Zampedri. T.: Rodrigo Valenzuela

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: John Ospina (COL)
Assistentes: Dionisio Ruiz (COL) e Richard Ortiz (COL)
Cartões amarelos: Andreas Pereira, Matheuzinho, Arão (FLA); Astudillo, Felipe Gutiérrez, Tapia (CAT)
Gols: Willian Arão (FLA), aos 6', e Everton Ribeiro (FLA), 39'/1ºT; Pedro (FLA), aos 45'/2ºT.

Um golaço de Figueiredo - o primeiro dele como profissional - deu ao Vasco a vitória por 1 a 0 diante do Bahia, na tarde do último domingo (15), em São Januário, e, após 44 rodadas, um lugar no G4 da Série B, que pode ser ocupado pelo Grêmio nesta noite, ao fim da sétima rodada.

Após sofrer com a pressão do Bahia no início do jogo, o Vasco evoluiu na primeira etapa, criou boas oportunidades e abriu o marcador com um golaço de Figueiredo.

Em bola ajeitada por Nenê, o atacante vascaíno soltou uma bomba pela intermediária, a bola ganhou curva e venceu o goleiro Danilo Fernandes. "É o sonho de todo moleque", disse ele no intervalo da partida.

Mesmo com a vantagem, o time Cruzmaltino manteve o ritmo até o intervalo.

No segundo tempo, porém, os vascaínos recuaram e sofreram para segurar as investidas do Tricolor, usando suas forças ofensivas apenas no contra-ataque e na bola parada.

O resultado no Rio de Janeiro deixa ambas as equipes com 13 pontos. Os baianos ficam com a terceira posição, seguidos pelo Gigante da Colina, invicto na competição, na quarta colocação.

Pela oitava rodada, o Cruzmaltino visita o Guarani às 21h30 de quinta-feira (19), no Brinco de Ouro da Princesa. Já o Tricolor de Aço recebe a Ponte Preta na sexta (20), na Arena Fonte Nova, às 21h30.

VASCO
Thiago Rodrigues; Gabriel Dias (Weverton), Quintero, Conceição e Edimar; Yuri, Andrey (Juninho) e Nenê (Palacios); Pec, Figueiredo (Erick) e Raniel (Getúlio). T.: Zé Ricardo.

BAHIA
Danilo Fernandes; Douglas Borel, Ignácio, Didi e Luiz Henrique (Djalma Silva); Patrick (Lucas Falcão), Rezende, Daniel e Marco Antônio (Jacaré); Rildo e Davó (Marcelo Ryan). T.: Guto Ferreira.

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 15 de maio de 2022 (domingo), às 16h (de Brasília)
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Assistentes: Neuza Inês Back (SP) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)
VAR: Igor Júnio Benevenuto de Oliveira (MG)
Cartões amarelos: Quintero (VAS), Nenê (VAS), Yuri (VAS) e Palacios (VAS); Marco Antônio (BAH, Rildo (BAH) e Daniel (BAH)
Gols: Figueiredo (VAS), aos 21 minutos do 1º tempo

Faltou muito pouco para o Flamengo somar três pontos no Brasileiro e respirar mais aliviado na tabela, mas o empate do Ceará, já nos acréscimos, manteve a temperatura alta e o time rubro-negro se prepara para iniciar uma semana que pode ditar os rumos da temporada. Nesta terça-feira (17), o Flamengo recebe a Universidad Católica, do Chile, 21h30, pela Libertadores, em um clima de rara tensão depois de anos marcados por taças e vitórias.

Longe do Maracanã desde 20 de abril, quando a equipe saiu aplaudida mesmo depois de um empate sem gols diante do Palmeiras, o time carioca volta para casa com a missão de chutar a crise para longe e reencontrar a paz abalada pelo racha político na Gávea e a falta de resultados no futebol. Contra o Altos (PI), o presidente Rodolfo Landim foi hostilizado e, desde então, convive com cobranças inéditas desde que assumiu o cargo.

Com o Maracanã liberado depois do plantio da grama de inverno, o time revê seu torcedor e testa a força de um antigo aliado em meio a um momento marcado por desconfiança generalizada e impaciência da arquibancada.

Ciente de que os créditos vão sendo queimados à medida que as vitórias não chegam, o técnico Paulo Sousa aposta na força da Nação para virar o jogo. Mais que garantir a vaga para as oitavas, a partida diante dos chilenos é decisiva para abaixar a temperatura em todo o clube.

"O torcedor já passou por vários momentos, o torcedor tem muito amor por esse clube. Ele vai apoiar na dificuldade de resultados. Merecemos, estamos trabalhando. Os momentos não têm sido benéficos, mas vamos focar no que acreditamos e isso vai virar", disse o português.

Depois da missão continental, o Flamengo tem o desafio de renascer no Brasileiro. Com o tropeço no Castelão, a equipe ocupa a 16ª colocação e o sinal de alerta está mais que aceso no Ninho do Urubu. No sábado (21), o Flamengo pega o Goiás, a partir das 16h30, e depende de um triunfo para apontar algum sinal de reação.

O confronto diante dos goianos, no entanto, estará condicionado ao compromisso anterior pelo torneio sul-americano. Sem um triunfo contra a Católica, o ambiente para pegar o Esmeraldino não será dos mais amenos no Maracanã. Na sequência caseira, os cariocas ainda encaram na próxima terça-feira (24) o Sporting Cristal, às 21h30, em duelo que pode ter ares der amistoso caso a vaga para a Libertadores seja sacramentada nesta terça-feira.

"Eu não penso que eles (torcedores) tenham de ter paciência. Eu já disse aqui na coletiva para eles terem paciência? Já disse? Não", acrescentou o treinador.

O último treino antes de enfrentar o time chileno ocorre nesta segunda-feira (16). Após sentir um problema no tornozelo, Rodrigo Caio se reapresentou melhor, iniciou tratamento, e a tendência é que não seja problema, mas fique fora da partida contra a Universidad Católica.

Já Fabrício Bruno teve a situação atualizada pelo clube carioca nesta segunda-feira. O zagueiro, que não vai a campo desde 30 de março, passou por uma cirurgia neste domingo(15). O procedimento foi para a retirada de um fragmento ósseo no pé esquerdo. O prazo de recuperação é de pelo menos dois meses.

O time carioca também não poderá contar com Diego Alves, Santos, Gustavo Henrique, Filipe Luis, Vitinho e Matheus França, que seguem no Departamento Médico. Com isso, uma provável escalação do técnico Paulo Sousa tem: Hugo, Isla, Pablo, David Luiz e Ayrton Lucas (Matheuzinho); Willian Arão, João Gomes e Bruno Henrique; Arrascaeta e Everton Ribeiro; Gabigol.

A Universidad Católica, por sua vez, chega à partida em terceiro no Grupo H, e briga por uma chance de classificação às oitavas da competição. A partida seria a estreia do técnico Ariel Holan na Libertadores, após ter feito seu primeiro jogo no comando do time chileno na sexta-feira (13), em vitória por 3 a 0 contra o Unión La Calera, pelo Campeonato Chileno. No entanto, o técnico testou positivo para Covid-19, e não viaja ao Rio de Janeiro. O time deve ser comando pelas auxiliares Juan Manuel Esparis e Rodrigo Valenzuela.

Uma provável escalação inicial da Universidad Católica tem: Sebastián Pérez; Aaron Astudillo, Tomás Asta-Buruaga, Nehuén Paz e Alsfonso Parot, José Pedro Fuenzalida, Ignacio Saavedra e Felipe Gutiérrez, Gonzalo Tapia (Cristian Orellana), Fernando Zampedri e Fabián Cuevas.

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: Às 21h30 (de Brasília) desta terça-feira (17)
Árbitro: Jhon Ospina (COL)
Transmissão: SBT e Conmebol TV

Por: Alex Sabino

Os clubes foram avisados na sexta-feira (29) à noite de que haveria uma reunião para tratar de uma nova liga, na terça (3), pela manhã, em São Paulo. Vários consideraram o prazo curto demais, mas aceitaram. Quando chegaram ao encontro, receberam uma cópia do estatuto preparado pelo advogado Flavio Zveiter.

O documento estava pronto e era apenas para ser assinado, não discutido.

Isso irritou profundamente a maioria dos dirigentes presentes. Pior do que isso, foi descobrir, segundo três deles disseram à reportagem, que o estatuto não prevê como será feita a divisão dos recursos quando a liga for implantada. Um dos cartolas ironizou à reportagem o texto. Considerou ter recebido um "bolo pronto".

Entre os 40 times das Séries A e B, apenas oito assinaram o documento na terça-feira: cinco paulistas (Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Red Bull Bragantino), Flamengo, Cruzeiro e América-MG. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, chegou à reunião anunciando que estava ali para assinar, assinaria de qualquer jeito e quem não quisesse, deveria fazê-lo depois. Houve quem não gostasse da afirmação.

O movimento "Futebol Forte", que reúne 14 equipes, considera que a criação da liga está acontecendo de cima para baixo. Reclama que não é uma negociação, é uma imposição pretendida pelos clubes paulistas mais o Flamengo.

O temor é que depois essas agremiações vão forçar para receberem mais dinheiro do que as demais, caso a divisão não esteja estipulada em estatuto.

O "Futebol Forte" é composto por Athletico, Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Ceará, Coritiba, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional e Juventude. Seus dirigentes, especialmente o mandatário do Athletico, Mario Celso Petraglia, foram os que mais contestaram os termos da reunião.

Uma das preocupações é que a repartição dos contratos incluiria o dinheiro do pay-per-view, sempre uma fonte de controvérsia entre os clubes e o Grupo Globo. Hoje em dia, cada time recebe um valor que, teoricamente, está atrelado ao número de torcedores assinantes do serviço.

Por terem maior torcida, Flamengo e Corinthians podem embolsar um valor maior. O Palmeiras relutou em assinar a renovação do acordo que está em vigência, iniciado em 2019 e válido até 2024.

A posição dos oito que já aderiram é que o importante é criar um fato político: a criação da liga e isso iniciaria a busca por investidores. Para os demais, especialmente do "Futebol Forte", é necessário resolver todas as pendências antes de qualquer coisa.

No livro "The club: how the Premier League became the richest, most disruptive business in sport" (O clube: como a Premier League se tornou a mais rica e mais disruptivo negócio no esporte, em inglês) os autores Jonathan Cleggg e Joshua Robinson explicam como o princípio de que os contratos de televisionamento dentro do Reino Unido seriam divididos de forma igual entre todos os clubes e isso foi colocado no documento de fundação do campeonato. Os acordos internacionais estão sujeitos a outros fatores e os clubes mais conhecidos recebem fatia maior.

Uma das propostas da liga brasileira é que a diferença de distribuição de receita seja de uma forma que o campeão receba 3,5 vezes mais que o último colocado, com os demais entre esses dois patamares. É modelo que espelha LaLiga, como é chamado o Campeonato Espanhol.

Há outra ideia, o "40-30-30", similar ao que já é empregado atualmente no contrato com o Grupo Globo. Nesse caso, 40% de tudo o que fosse arrecadado seria dividido de maneira igualitária, 30% de acordo com a classificação final e 30% dentro de uma equação que considera exposição de mídia, jogos transmitidos e outras variáveis.

O Futebol Forte aceita esse princípio, mas quer que a repartição seja na proporção de 50-25-25.

Por: Léo Burlá

Em jogo marcado por equilíbrio no Nilton Santos, o Botafogo venceu o Fortaleza por 3 a 1, neste domingo (15), em duelo válido pelo Campeonato Brasileiro. Os dois últimos gols que consolidaram a vitória do time carioca foram marcados depois dos 43 minutos do segundo tempo.

Aos 13 minutos do primeiro tempo, o atacante Moisés, do Fortaleza abriu o placar. O assistente anotou impedimento, mas o VAR revisou o lance e confirmou o gol. Ainda na etapa inicial, aos 39 minutos, Ceballos levou a segunda advertência e foi expulso por falta em Saravia, o que fez com que o Leão jogasse com um a menos.

Dois minutos depois, Cuesta cruzou e Erison se antecipou para cabecear e empatar o jogo. Aos 9 do segundo tempo, Erison virou o placar, mas o VAR apontou impedimento do atacante na revisão.

Mesmo com um a mais em campo, o Botafogo não mostrou repertório para criar possibilidades e o Leão seguiu organizado mesmo com a desvantagem numérica. Quando a partida se encaminhava para o fim, Patrick de Paula, que entrou na etapa final, marcou o gol que mudou o rumo do duelo. Aos 48, Daniel Borges ampliou.

Com o resultado, o Alvinegro entrou no G-4, e o Fortaleza continuou a amargar a lanterna do Brasileirão.

No próximo sábado (21), o Botafogo visita o América-MG, 21h, no Independência. O Leão, por sua vez, tem missão pela Libertadores. Na quarta (18), a equipe encara o Alianza (PER), 23h, no Estádio Nacional de Lima.

BOTAFOGO
Gatito Fernández; Saravia (Hugo), Kanu, Cuesta e Daniel Borges; Oyama, Tchê Tchê (Patrick de Paula) e Lucas Fernandes (Chay); Victor Sá, Diego Gonçalves (Vinícius Lopes) e Erison. T.: Luís Castro

FORTALEZA
Marcelo Boeck; Tinga, Marcelo Benevenuto e Ceballos; Yago Pikachu, Felipe, Hércules, Lucas Lima (Renato Kayzer) e Lucas Crispim (Igor Torres); Moisés (Juninho Capixaba) e Silvio Romero (Romero). T.: Juan Pablo Vojvoda

Onde: Estádio Nilton Santos
Data: Domingo (16), às 18h (horário de Brasília)
Árbitro: Jefferson Ferreira de Moraes (GO)
Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Fabricio Vilarinho da Silva (GO)
VAR: Daiane Caroline Muniz dos Santos (SP)
Gols: Moisés, aos 13 minutos do primeiro tempo; Erison, aos 41 minutos do primeiro tempo; Patrick de Paula, aos 43 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Ceballos (FOR); Diego Gonçalves, Kanu, Patrick de Paula (BOT)
Cartões vermelhos: Ceballos (FOR)

Fernando Diniz iniciou, nesta quarta-feira (2), a nova trajetória no Fluminense. A chegada do novo treinador é uma tentativa de fazer o time mudar o rumo na temporada e tem um quê de "pagamento de dívida" da gestão com o comandante, que esteve à frente do time em boa parte de 2019. A estreia do técnico será nesta quarta-feira (4), diante do Junior Barranquila, no Maracanã, pela Copa Sul-Americana.

O técnico chega com a missão de ser o substituto de Abel Braga, que foi campeão do Campeonato Carioca e deixou o cargo na última quinta-feira (28), em meio a uma má fase do time e às críticas da torcida. Durante a coletiva de apresentação, inclusive, Diniz elogiou o trabalho do antecessor.

O primeiro desafio que o técnico terá nas Laranjeiras é fazer com que, com as peças disponíveis -uma vez que o mercado está fechado-, a equipe volte a apresentar um futebol melhor. Após o Estadual, o desempenho caiu vertiginosamente, algo admitido pelo próprio Abel na despedida.

"Eu vejo que o Fluminense montou um time que tem bastante a minha cara. Tem pelo menos sete jogadores nesse elenco que eu tentei levar, mas o Fluminense conseguiu contratar os jogadores. Acho um elenco muito bem montado, extremamente qualificado. Vou procurar tirar o melhor de cada jogador e a gente conseguir ter sucesso junto", disse Diniz.

O regresso de Diniz às Laranjeiras também lembra uma espécie de déficit, se é que assim se pode dizer, que o presidente Mário Bittencourt sentia ter com o treinador. Diniz foi contratado na gestão de Pedro Abad, mas o atual presidente assumiu em junho de 2019 -após vencer eleição que foi antecipada.

O pleito aconteceu em 8 de junho e, no dia seguinte, o Fluminense encarou o rival Flamengo pelo Brasileiro daquele ano. A convite da diretoria vigente, Bittencourt acompanhou a delegação tricolor naquela partida e assistiu à preleção de Diniz, algo que lhe chamou a atenção positivamente.

Ali começou uma relação que durou mesmo após a saída do treinador, que aconteceu em agosto e dividiu opiniões no departamento de futebol. Internamente, Bittencourt e o diretor de futebol Paulo Angioni se mostravam contrários, mas Celso Barros, então vice de futebol e homem forte da pasta, era favorável. Pouco depois, desta vez tendo o auxiliar Marcão como pivô do debate, Celso acabou afastado da função e também da diretoria.

Do adeus ao retorno, foram quase três anos e, neste período, Diniz e o presidente do clube tricolor mantiveram contato constante. Nesta nova passagem, o comandante é objetivo sobre o que deve ser diferente: a equipe tem de vencer mais jogos.

"A negociação foi extremamente rápida, era um desejo mútuo. A relação é bastante especial com ele [Mario Bittencourt] e Angioni, que me conhece desde garoto. Com o Mário é uma relação com uma profundidade significativa, especial. Desde que eu saí a gente se falou, gostamos um do outro. Mas é algo a mais, o trabalho que ele está fazendo é excelente. Sei o Fluminense que era e o que tem hoje. O que pesa é que precisamos ganhar jogos. Fazer o trabalho, pode ser o melhor do mundo, mas não garante ganhar. O Fluminense conseguiu recursos para se virar nos campeonatos, esteve nas duas últimas Libertadores e é um dos melhores trabalhos do Brasil em termos de gestão", afirmou o novo treinador.

No meio do ano passado, em entrevista ao "ge", ele citou o adeus como um arrependimento que tinha nestes anos de administração.

"Eu não teria demitido o Fernando Diniz naquele momento. É duro dizer isso porque depois veio um treinador que deu mais resultado, que foi o Odair. Mas naquele momento eu não tiraria o Fernando. Acho que o time jogava bem, e a gente ia conseguir sair [da zona de rebaixamento] com o Fernando. Mas o comando do futebol não estava na minha mão, faltava estabilidade, ambiente estava muito instável, eu acabei cedendo. Hoje eu faria diferente. Ou se ele tivesse saído eu teria efetivado o Marcão diretamente", disse, à época.

No primeiro treino de Diniz com o elenco tricolor, nesta segunda-feira, o técnico viu os retornos do zagueiro Felipe Melo, que se recupera de cirurgia no joelho, e David Braz, que desfalcou o time na última partida após sentir dores na perna esquerda, e deve estar à disposição nesta quarta-feira. Em compensação, o zagueiro Manoel e o atacante Jhon Arias, em recuperação física, não participaram das atividades, e devem desfalcar o Fluminense.

Uma provável escalação inicial do time carioca tem: Fábio; Nino, Luccas Claro e Calegari (David Braz); Marlon, Wellington, Nonato (Martinelli) e Ganso (Willian); Luiz Henrique, Caio Paulista e Cano.

O Junior Barranquilla, por sua vez, chega à partida como líder do Grupo H, somando sete pontos, e busca ampliar vantagem para garantir a vaga na próxima fase da Sul-Americana. O técnico Juan Cruz Real tem como ausências confirmadas o volante Didier Moreno e o zagueiro Dany Rosero, suspensos após levarem três cartões amarelos cada.

Uma possível escalação inicial do time colombiano tem: Sebastián Viera; Fabián Viáfara; Dany Valencia; Jorge Arias e Gabriel Fuentes; Enrique Serje e Daniel Giraldo; Omar Albornoz, Jesus Cabrera, Fredy Hinestroza e Miguel Borja.

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: Às 21h30 (de Brasília) desta quarta-feira (4)
Árbitro: Mario Diaz de Vivas (Paraguai)
Transmissão: Conmebol TV