Ricardo Silva, de 20 anos, feriu o rosto ao ser empurrado pelo agressor, em condomínio no Recreio dos Bandeirantes 

 

 

 

 

O motoboy Ricardo Silva acusou o cliente do aplicativo de entregas domiciliares de agressão. O jovem se recusou a subir até o apartamento do cliente e, irritado, o homem negou informar o código do pedido, o que resultou em um confronto corporal que deixou um ferimento na testa de Ricardo. O conflito aconteceu durante a noite da última segunda-feira (6), no Recreio dos Bandeirantes, em condomínio na Estrada Benvindo de Novaes. 

De acordo com o entregador, o cliente se encontrou com ele já estressado, devido à recusa de levar o produto até a porta do apartamento. Frente à frente, o morador teria arrancado o pedido das mãos do motoboy e também não informado o código de entrega. “Mandou que eu caçasse o código, desse o meu jeito”, conta o trabalhador. 

Ao ir atrás do homem e insistir pelo código, o cliente teria tentado dar um soco no rosto de Ricardo, no qual desviou. No calor da situação, o jovem empurrou o morador, que desviou do ataque e revidou com outro empurrão, responsável por lançar o motoqueiro contra a porta e causar o ferimento na cabeça. 

“Fui entregar e ele não quis dar o código. Me bateu aqui”, acusou o motoboy durante vídeo gravado logo após o acontecimento. Na filmagem, é possível enxergar o ferimento na testa e o agressor de longe. 

Amigos de Ricardo e companheiros de trabalho foram até o condomínio do agressor e fizeram um protesto no início da madrugada que atrapalhou o sono de muitos moradores. Além de buzinar, também aceleravam as motos. Os inquilinos que se incomodaram com o protesto acionaram a Polícia Militar e, mesmo com a chegada dos PMs, os motoboys se recusaram a deixar o local.  Na terça-feira (7), os mesmos motoqueiros voltaram para a frente do condomínio e continuaram o protesto. 

Após o ocorrido, o morador conta uma versão um pouco diferente, na qual afirma que não informou o código de segurança porque não reconheceu a foto do entregador. Além disso, diz somente ter respondido a um empurrão inicial desferido pelo motoboy. 

O caso foi registrado na 42ª Delegacia Policial do Recreio como lesão corporal. O motoboy e o morador já prestaram depoimentos sobre o caso. A polícia vai analisar imagens do circuito de segurança para entender a dinâmica do confronto e o que de fato resultou na agressão.