Foragido desde o ano passado, José Ricardo Simões foi apontado pela Polícia Civil como integrante de um grupo de matadores de Duque de Caxias

 

 

 

Identificado como um dos suspeitos pela morte do miliciano Marquinho Catiri, José Ricardo Simões foi preso na tarde do último domingo (13), na praia da Barra da Tijuca. De acordo com as investigações da Polícia Civil, Simões faz parte de um grupo de matadores de Duque de Caxias e estava foragido desde dezembro do ano passado. Catiri foi atingido por tiros de fuzil e foi morto no dia 19 de novembro de 2022, na Favela do Guarda, em Duque de Caxias.

Marco Antonio Figueiredo Martins, apelidado de Marquinho Catiri, era o líder de um grupo paramilitar que age nas Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro. Eles atuam, sobretudo, nos bairros de Bangu e Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. Ainda segundo investigações, Catiri era o braço direito do contraventor Bernardo Bello, que foi alvo de operação do Ministério Público na semana passada, mas continua foragido. 

Além de José Simões, outro homem também foi preso por ser suspeito no homicídio de Marquinho. George Garcia de Souza foi localizado por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital, na cidade de Francisco Morato, em São Paulo. 

Em um áudio obtido pelo Ministério Público, gravado durante os primeiros meses de 2022 e divulgado pelo portal g1, Catiri é registrado em uma conversa com o contraventor Bernardo Bello, com quem teria feito negócios. Durante o diálogo, o chefe de milícia, Marquinhos, diz que a própria cabeça estaria valendo R$ 4 milhões e, por isso, precisou reforçar sua segurança. 

Nas investigações do caso, José Ricardo aparece como o responsável por entregar o suporte logístico para a execução da vítima. O criminoso também é suspeito de ter ajudado George a fugir para o estado de São Paulo, onde terminou preso. Segundo a polícia, José já coleciona anotações por crimes de extorsão, roubo e latrocínio tentado. 

O miliciano Marquinhos Catiri foi atingido por tiros de fuzil no trajeto entre um carro blindado e uma academia de ginástica, na Favela do Guarda, em novembro do ano passado. A polícia afirma que o imóvel usado pelos autores do crime é localizado na rua Pedro Borges, e que o local tem ampla visão de onde o paramilitar se encontrava. 

A Delegacia de Homicídios da Capital ainda tenta localizar os outros autores do crime e seu mandante, além da motivação.