Matheus Teixeira (Folhapress)

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), solicitou ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos a inclusão do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel e de seus familiares no programa de proteção às testemunhas, com direito à proteção e ajuda de custos.

A defesa de Witzel enviou à CPI requerimento pedindo proteção para que possa depor em sessão secreta da comissão. Ele já prestou depoimento em junho, mas disse que poderia apresentar novos elementos sobre corrupção envolvendo hospitais federais no Rio e também OS (Organizações Sociais). No entanto, disse que concordaria em colaborar apenas em uma sessão secreta.

Em ofício encaminhado ao ministério, Aziz pede a inclusão no programa de Witzel, sua esposa e seus três filhos menores de idade.

"Evidencia-se que o depoente, em razão dos fatos graves que tem a revelar à comissão, encontra-se em situação de expressivo risco a sua integridade física e à integridade de seus familiares, em especial, porquanto os referenciados fatos envolvem agentes dotados de relevante poderio político e econômico, bem como podem trazer à baila irregularidades concernentes a desvios de finalidades e à captura política de instituições de Estado", afirma Aziz no ofício.

O ofício requisita segurança, proteção e amparo a Witzel e seus familiares, segurança nas residências, incluindo o controle de telecomunicações, escolta e segurança nos deslocamentos, ajuda financeira mensal para prover as despesas necessárias à subsistência individual ou familiar, apoio e assistência social, médica e psicológica e custeio total de assessoramento jurídico -em caso de processos movidos contra o ex-governador por conta de seu depoimento.

A solicitação de Witzel foi assinada pelo advogado Diego Pereira, que elogia a decisão da CPI e pede a compreensão da ministra Damares Alves, responsável por conceder a proteção.

"Com muita assertividade o senador Omar Aziz deferiu nosso pedido. Agora, esperamos que a ministra Damares tenha sensibilidade com a situação, e também defira o pedido com a urgência que o caso requer", diz.

Anaís Motta e Sara Baptista (Folhapress)

Pai do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), Valmar Souza Paes morreu nesta sexta-feira (25), aos 78 anos, vítima de complicações causadas pela Covid-19. Ele estava internado em um hospital da zona sul da capital fluminense desde o fim de abril.

"A prefeitura do Rio confirma o falecimento do senhor Valmar Souza Paes, de 78 anos, pai do prefeito Eduardo Paes, nesta sexta-feira (25), vítima da covid-19. Advogado, Valmar Paes era baiano, casado há 54 anos com Consuelo Paes e deixa três filhos e cinco netos", informou em nota a administração municipal.

Valmar foi intubado em 29 de abril. Três dias antes, o prefeito do Rio havia retornado ao trabalho depois de ficar 15 dias isolado por ter se infectado pela segunda vez -a primeira foi em maio do ano passado.

Na ocasião, Eduardo Paes pediu orações ao pai.

"Aqui em casa, graças a Deus, eu e minha mãe já zerados da covid-19. Só falta agora meu coroa, que - se Deus quiser -, sai dessa em breve. Vamos prevalecer! Peço a oração de todos por meu pai", disse.