A agressão aconteceu após academia ser interditada para reformas

 

 

Na noite do último dia 30, imagens da câmera de segurança de um condomínio de luxo na Barra da Tijuca flagraram o desentendimento entre um morador e a síndica. As cenas aconteceram em frente a porta da academia de um dos blocos. Após a proibição momentânea do funcionamento da academia, Amadeu de Souza Neto agrediu a síndica Dayse de Souza Ribeiro

Dayse estava sentada em uma cadeira mexendo no celular, então o homem se aproximou dela e, sem falar nada, acertou um forte tapa em seu rosto. A vítima foi derrubada da cadeira com a força do golpe. Imagens do circuito de segurança ainda mostram Dayse cambaleando ao tentar levantar. A síndica sofreu cortes na boca e na cabeça. Ela registrou o caso na 16ªDP e foi encaminhada ao exame de corpo delito.

De acordo com o advogado que defende a síndica e os interesses do condomínio, Daniel Blanck, ele entrará na Justiça com um pedido de medida protetiva contra o morador. “Vamos entrar com uma ação pedindo uma medida protetiva já que ambos vivem no mesmo condomínio e a síndica tem receio de sofrer represálias. Houve uma assembleia, no dia seguinte à agressão, que já estava marcada para ocorrer por conta de uma obra. Nesta ocasião, os condôminos aprovaram que a gente entre com uma ação na Justiça pedindo a expulsão do morador do condomínio. A vítima está com medo e abalada psicologicamente. Acho que não há palavras que descrevam um comportamento covarde”, disse. O advogado ainda acrescentou que Dayse já havia feito três registros de ocorrência anteriormente, apontando o morador como autor de xingamentos, injúria e difamação.

Dayse conta que foi agredida após todos os moradores serem avisados da proibição de usar a academia por causa da revitalização de alguns aparelhos e de uma pintura. “Naquela noite (do dia 30), a academia estava fechada e todos os moradores haviam sido avisados que ela não poderia ser usada. Quando vi que o morador estava usando a academia, pedi ao porteiro para falar com ele. Como ele disse que não iria sair, cheguei a apagar as luzes e ele acendeu tudo de novo. No meio daquilo, ele me sacudiu pelo braço e eu pedi para não me tocar. Depois, fechei os basculantes. A personal trainer dele pediu que eu autorizasse que ele fosse se exercitar do lado de fora e concordei. Quando eu estava sentada na cadeira, ele entrou e me deu um tapa sem que eu esperasse. Fiquei completamente zonza”, explicou.

Um pedido para expulsão do morador foi aprovado em uma assembleia do condomínio, mas ele só será obrigado a deixar o prédio caso a Justiça decida.