Veja também o que aconteceu no segundo fim de semana de shows

 

 

Depois de sete dias de festival, 1,255 artistas, 300 shows, 507 horas de experiência e uma emoção inexplicável. Desde a abertura dos portões da Cidade do Rock, no dia 02 de setembro, até o último segundo do festival, o Rock in Rio recebeu um público de 700 mil pessoas sedentas pelo reencontro com o maior festival de música e entretenimento do mundo. Da estreia do pagode com Ferrugem e Thiaguinho no Palco Favela até o histórico e iluminado show do Coldplay no Palco Mundo, passando pelos diversos encontros do Palco Sunset, as apresentações do Supernova, as batidas contagiantes do New Dance Order e as atividades das arenas - NAVE, Uirapuru e GamePlay Arena - teve programação para todas as idades e tipos de fãs.

Depois de um longo período de instabilidade no mercado de eventos por conta da pandemia de Covid-19, o retorno do Rock in Rio gerou cerca de 28 mil empregos diretos e um impacto econômico de mais de 2 bilhões de reais para a cidade do Rio de Janeiro. Ao todo, foram 420 mil pessoas de fora do Rio, o que representa 60% do público presente no festival, sendo 10 mil pessoas vindas de 31 países diferentes.  

“Após três anos, pudemos sentir novamente a emoção de ver a Cidade do Rock repleta de fãs que invadem os gramados com uma alegria contagiante e com o único propósito de ser feliz. É um momento de celebração coletiva depois de tempos de tantas incertezas e falta de esperança. O Rock in Rio 2022 foi, sem dúvida, um marco de novo começo”, disse o criador e presidente do Rock in Rio, Roberto Medina.

O Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município (Hotéis Rio) divulgou na última segunda-feira (12), a pesquisa consolidada com o fechamento da ocupação hoteleira na cidade durante as duas semanas do maior festival de música do país.

Os números comprovam que o Rock in Rio 2022 gerou recordes de ocupação na rede hoteleira, tendo disparado a Barra da Tijuca como a localidade mais procurada, pela proximidade com a Cidade do Rock, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca.

O maior pico da demanda se concentrou na segunda semana do evento e gerou ocupação superior a 90% em todos os bairros da cidade. No período de 08 a 11 de setembro, a média de quartos ocupados ficou em 94,51%, com destaque para bairros da Barra da Tijuca e São Conrado, que ultrapassaram a média e bateram 96,35% de quartos ocupados. Já na primeira semana de shows, a ocupação bateu 81,84% e, novamente, Barra da Tijuca e São Conrado ultrapassam a média, com 88,81% de quartos reservados.

“Este festival marcou recorde de ocupação nos hotéis e vibrou a energia da retomada em toda a cidade, trazendo turistas, movimentando hotéis, bares, restaurantes, pontos turísticos e centros comerciais. Estes resultados só comprovam o que a hotelaria defende: Turismo e Eventos são setores que andam de mãos dadas. Queremos parabenizar o nosso parceiro Roberto Medina por realizar este evento que é um orgulho para a cidade!”, comemorou Alfredo Lopes, presidente do Hotéis Rio e conselheiro da ABIH-RJ.

Confira números apurados pelo Hotéis Rio:

Histórico de Ocupação Rock In Rio

Ano 2022:

1ª semana 02 a 04/09 – 81,84%

2ª semana 08 a 11/09 – 94,51%

Ano 2019:

1ª semana 27 a 29/09 – 78%

2ª semana 03 a 06/10 – 87%

Ano 2017:

1ª semana 15/09 a 17/09 – 75%

2ª semana 22 a 24/09 – 87%

Pesquisa Fechamento Rock In Rio (Dados consolidados em 12 de setembro)

2ª SEMANA DE 08 A 11/SET/22

MÉDIA DE OCUPAÇÃO – 94,51%

Barra da Tijuca / São Conrado – 96,35%

Ipanema / Leblon – 95,26%

Flamengo / Botafogo – 94,19%

Leme/Copacabana – 93,05%

Centro – acima de 92,51%

1ª SEMANA DE 02 A 04/SET/22

MÉDIA DE OCUPAÇÃO – 81,84%

Barra da Tijuca – 88,81%

Ipanema/Leblon – 82,78%

Leme / Copacabana – 80,67%

Flamengo/ Botafogo –77,52%

Centro – 75,14%

Um festival de números grandes

Eram necessárias mais de 3.000 pessoas trabalhando na produção de oito palcos, 300 carros na operação dos palcos, 500 voos para deslocamento de artistas e um total de 40.000 credenciais emitidas. Apenas na experiência da NAVE, um espetáculo sobre a Amazônia contemporânea, são 50 artistas e, na arena Uirapuru, uma megaestrutura montada para receber 30 bailarinos e uma orquestra com 23 músicos. Na parte estrutural, os números são grandiosos: são 150km de cabos elétricos e tubos hidráulicos; 16km de grades utilizadas; 30.000 m2 de pisos; e 1.296 km de papel higiênico que equivalem fazer o trajeto entre Rio de Janeiro e São Paulo três vezes.  

Se formos falar sobre consumo de comidas e bebidas na Cidade do Rock, os números também são bastante impressionantes. Pelo Gourmet Square passaram mais de 265 mil pessoas ao longo dos dois finais de semana do festival. Foram vendidas mais de 91 mil pipocas com e sem o balde especial, mais de 69 mil pizzas da Domino's, cerca de 21 mil pizzas da Ella, quase 16 mil cachorros-quentes Geneal, 19 mil cachorros-quentes do Push Dog, mais de 58 mil Cup Noodles, cerca de 32 mil porções de batata-frita, quase 6 mil pastéis de nata, mais de 40 mil espetinhos, por volta de 6 mil açaís, mais de 200 mil hambúrgueres, quase 10 mil sanduíches de linguiça do Cheia de Graça, cerca de 4 mil polentas, mais de 15 mil baldes de frango frito do Hot n' Tender, por volta de 11 mil sanduíches de costela do Vulcano, 15.500 pastéis e quase 4 mil porções de coxinha. Nos ambulantes foram vendidos cerca de 30 mil Doritos e somando a loja junto a venda de ambulantes foram mais de 215 mil chocolates KitKat. Já os mochileiros de bebida, venderam mais de 590 mil latas de Red Bull, cerca de 62 mil copos de refil de café da Três Corações, 40 mil latas e copos da edição especial da Coca-Cola do DJ Marshmello. Mais de 740 mil copos de chopp Heineken foram vendidos, somando só os ambulantes, as duas beer station e o bar da marca em frente ao palco New Dance Order, que resultaram em 260 mil litros de chopp consumidos. Ambulantes que ficam pelo gramado também venderam mais de 150 mil copos de água e 100 mil copos de Coca-Cola. O festival também divulgou a quantidade de resíduos recolhidos. Foram mais de 872 mil itens divididos entre copos, garrafas plásticas e embalagens de produtos até as 22h de domingo (11), último dia do festival.  

As atividades que aconteciam fora dos palcos chamaram a atenção do público. Na Capela Chilli Beans, 850 celebrações do amor realizadas pelo personagem Elvis Presley e três casamentos oficiais celebrados pela juíza de paz. As atrações ambientadas nas arenas — NAVE, Uirapuru e GamePlay Arena, somadas ao Domo de The Town, que apresenta ao público o novo festival dos mesmos criadores do Rock in Rio, marcado para o ano que vem, em São Paulo —, somaram cerca de 160 mil pessoas. Os stands também foram sucesso de público. Mais de 184 mil pessoas passaram pelas ativações de Coca-Cola, Prefeitura do Rio, Latam, Doritos, Seara, Porto Saúde, Prudential, Colgate, ID_BR, Chilli Beans, Engov After, Turismo Portugal, TIM, Negresco, Kit Kat e iFood.  

Segundo fim de semana 

A segunda semana terminou, e com ela termina a edição deste ano do festival. Ao todo, o Rock in Rio teve sete dias de shows, divididos em duas semanas, e foi realizado na Cidade do Rock do Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Com menos problemas que na semana anterior, mas ainda assim com alguns problemas que um evento deste porte não precisaria enfrentar, o festival se despediu do público neste domingo, com a promessa da volta para 2024.

A cantora Avril Lavigne se apresentou no Palco Sunset, na última sexta-feira (9), mas o público não conseguia escutar a princesinha do rock. Avril não foi a única a enfrentar esse problema, não. Problemas no som, era uma das reclamações constantes de quem estava curtindo os shows, o que acabava desanimando a galera que pagou ingressos para ver seus ídolos cantarem.

Já no Palco Mundo, as bandas Green Day e Coldplay agitaram o público. O grupo de punk rock dos Estados Unidos levantou o público cantando seus sucessos, e foi eleita a melhor atração da edição de 2022. Na sexta-feira era impossível ficar parado, enquanto a banda se apresentava no principal palco do festival. Já a banda britânica de rock alternativo, liderada pelo vocalista Chris Martins, levou toda a experiência mágica de se viver o espetáculo que é apresentado diante do público em um show interativo, que conta com pulseiras distribuídas na entrada do show (e que devem ser devolvidas ao final), que brilham com controle da produção da própria banda. Elas foram responsáveis por deixar a Cidade do Rock completamente colorida, mesmo debaixo de muita chuva, que teve no sábado (10).

Mesmo com os problemas que ocorreram durante a edição deste ano, o Rock in Rio segue sendo sucesso, e o público mal se despediu da edição de 2022 e não vê a hora de reabrir a Cidade do Rock e ocupar todo aquele espaço com um único intuito: viver momentos de felicidade, e se conectar com pessoas através da música.