Clayton Castelani (Folhapress)

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) iniciará na próxima quinta-feira (15) o agendamento para o atendimento nas agências da Previdência de segurados que precisam de serviços que não podem ser realizados a distância, pelo telefone 135 ou pelo aplicativo Meu INSS.

O serviço, chamado atendimento especializado, é voltado para o público que não estava conseguindo atendimento presencial devido à pandemia de Covid-19, que levou o órgão a restringir o acesso aos postos para a execução de tarefas específicas, como o cumprimento de exigência (entrega de documentos) e perícias médicas.

Um dos serviços listados como disponíveis nas agências é, justamente, a "impossibilidade de informação ou de conclusão da solicitação pelos canais remotos".

Para agendar o serviço, o cidadão deve ligar para o telefone 135. O atendente analisará a solicitação do usuário e, se a situação se enquadrar nos casos listados na Portaria 908, publicada nesta segunda-feira (12) no Diário Oficial da União, o agendamento será realizado.

Esse agendamento também poderá ser feito diretamente nas agências, para uma data próxima, nos casos em que o cidadão não tenha condições de fazer o pedido pelo telefone 135. Segundo portaria da diretoria de benefícios do órgão, o atendimento especializado estará disponível para os seguintes serviços:

- Impossibilidade de informação ou de conclusão da solicitação pelos canais remotos
- Apresentar contestação de NTEP (nexo técnico epidemiológico)
- Atendimento solicitado por portadores de necessidades especiais: maiores de 80 anos de idade, deficiência auditiva ou visual
- Órgão mantenedor inválido impossibilitando a solicitação de serviços
- Requerimento concluído sem atendimento ao solicitado, relacionado a falha operacional não vinculada à análise do direito
- Consulta à consignação administrativa
- Ciência do cidadão referente à necessidade de inscrição no CadÚnico
- Solicitar Retificação de CAT
- Parcelamento ou impugnação à cobrança administrativa / MOB PRESENCIAL
- Pensão Especial Vitalícia da pessoa portadora da Síndrome da Talidomida
- Pensão Mensal Vitalícia do Seringueiro e seus Dependentes;
- Pensão Especial das Vítimas de Hemodiálise de Caruaru

Folhapress

No ano passado, quando a quarentena restringiu os deslocamentos, o Itaú Personnalité elevou o limite das transações diárias dos clientes pelo aplicativo do banco.

Passado mais de um ano, alguns correntistas estão incomodados com a segurança, achando que o limite está alto demais, especialmente depois do noticiário sobre a proliferação de quadrilhas especializadas em furtar aparelhos de telefone para invadir contas bancárias.

A reportagem recebeu relatos de clientes do Itaú Personnalité que dizem ter levado reclamações aos gerentes porque estão com teto de R$ 300 mil no celular. Procurado pela coluna, o banco diz que o aumento do limite foi possível devido aos investimentos na segurança de seus sistemas com ferramentas como biometria facial, token, senhas de acesso e monitoramentos transacionais.

"Especificamente para o PIX, os limites são definidos e gerenciados segundo diretrizes do Banco Central, e o cliente pode reduzi-los diretamente no aplicativo do banco, caso necessário. Os apps do banco são totalmente seguros e acessados somente com a senha pessoal do cliente", diz o banco em nota.

A instituição recomenda que os clientes não definam senhas óbvias e que jamais as armazenem em emails e aplicativos de notas entre outros cuidados.

Joana Cunha (Folhapress)

O movimento de donos de bares, restaurantes e negócios turísticos que pedem a volta do horário de verão não recuou após Bolsonaro dizer, na terça (6), que é contra porque "mexe no relógio biológico". Eles reúnem estudos para argumentar que ajudaria o setor, um dos mais afetados na pandemia. "Estamos tentando dialogar sem onerar estado. Tem isso desde 1930, e nunca matou ninguém. Teimosia tem de ser contestada com números", diz Fábio Aguayo, diretor da CNTur, entidade do setor.

Aguayo afirma que o horário de verão permite aproveitar a luz do dia por mais tempo, expandindo o horário de happy hours e de parques turísticos. O que mexe com o comportamento biológico, diz ele, são sequelas da Covid, e não mudança no relógio.

O presidente precisa entender que o setor está falido, afirma Aguayo. "Pronampe e dinheiro que vão liberar não é suficiente. As pessoas não querem viver de esmola de governo. Elas querem ter espaço para trabalhar", diz.

Como observou um empresário do ramo, o timing é interessante: nesta quarta (7), Doria, adversário político de Bolsonaro, em uma espécie de bandeira branca para donos de bares e restaurantes, anunciou a ampliação do funcionamento para até as 23h, enquanto o presidente embarca no conflito com o setor.

Para Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, associação de bares e restaurantes, que também assinou o pedido enviado ao governo, Bolsonaro deveria rever sua posição. "Tem um fator socioeconômico que é o setor arrebentado. Para nós, faz diferença," diz.

Ana Paula Branco (Folhapress)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou, por decreto publicado nesta terça-feira (6), o pagamento de mais três parcelas do auxílio emergencial 2021. O benefício, que acabaria em julho, será pago também em agosto, setembro e outubro.

Vão receber as novas parcelas os trabalhadores que obedecerem a regra do programa. Só quem já recebia o auxílio em dezembro de 2020 teve o cadastro reavaliado para continuar recebendo o benefício, destinado somente a famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa e renda mensal total de até três salários mínimos.

Quem recebe benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista ou de programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família e do PIS/Pasep, não tem direito ao auxílio.

Estão excluídos ainda contribuintes que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019, ou tinham, em 31 de dezembro daquele ano, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil.

Ficam também impedidos de receber o benefício cidadãos que tenham recebido em 2019 rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte com valor acima de R$ 40 mil.

A exclusão do auxílio ainda será aplicada a menores de 18 anos, exceto mães adolescentes, a quem estiver no sistema carcerário em regime fechado ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de auxílio-reclusão.

Valor das parcelas A versão de 2021 do auxílio é limitada a uma pessoa por família. As parcelas vão de R$ 150, para solteiros, até R$ 375, para mães que são as únicas responsáveis pelo sustento do lar. As demais famílias recebem R$ 250.

Para o público do Bolsa Família, segue valendo a regra quanto ao valor mais vantajoso a ser recebido entre o Bolsa Família e o auxílio emergencial 2021. Os integrantes do programa receberão o benefício com maior parcela.

O pagamento vai obedecer o calendário a ser divulgado pela Caixa, de acordo com a data de nascimento do beneficiário.

Mônica Bergamo (Folhapress)

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) diz ter identificado uma alta de 5,32% no consumo por parte dos brasileiros entre janeiro e maio deste ano. O valor, registrado pelo Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros Abras, supera em 2,88% os resultados do setor no mesmo período no ano passado.

De acordo com a associação, o desempenho pode ser explicado por fatores como o auxílio emergencial oferecido pelo governo federal e o pagamento da primeira parcela, na segunda quinzena de maio, do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS.

O levantamento ainda identificou 30.883 novos postos de trabalho abertos no setor entre janeiro e maio de 2021, além da abertura de 24 novas lojas entre os meses de abril e maio.
"O investimento que gera emprego acaba voltando para o próprio setor. Os novos funcionários também passam a aplicar parte de sua renda na alimentação da família", afirma o vice-presidente Institucional da Abras, Marcio Milan.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou um decreto para prorrogar por três meses o pagamento do auxílio emergencial de 2021. O benefício atual -que varia de R$ 150 a R$ 375- termina neste mês. Os valores devem ser mantidos.

Leonardo Vieceli (Folhapress)

Com o impacto da pandemia no mercado de trabalho, a taxa de desemprego foi de 14,7% no trimestre encerrado em abril. Assim, permanece no nível recorde da série histórica no país, iniciada em 2012. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta quarta-feira (30).

Entre fevereiro e abril, o número de desempregados chegou a 14,8 milhões. Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) com divulgação mensal. A taxa de 14,7% havia sido alcançada no primeiro trimestre deste ano. Em igual período do ano passado (fevereiro a abril), estava em 12,6%.

Pelas estatísticas oficiais, um profissional está desempregado quando não tem ocupação e segue em busca de oportunidades. O levantamento do IBGE considera tanto trabalhadores formais quanto informais.

Na largada de 2021, o aumento de casos de coronavírus provocou novas restrições a atividades econômicas, o que dificultou a operação de empresas e a reação do mercado de trabalho.
Além disso, o auxílio emergencial foi interrompido na virada do ano e retomado apenas em abril, com redução nos valores pagos e no número de beneficiários. Conforme analistas, a paralisação do auxílio pode ter levado mais gente de volta à procura por vagas, pressionando o indicador de desemprego.

Economistas avaliam que a melhora consistente do mercado de trabalho depende em grande parte da recuperação do setor de serviços, o principal empregador do país. Durante a pandemia, serviços diversos foram prejudicados, incluindo operações de bares, restaurantes e hotéis.

A crise foi intensificada no setor pelo fato de que essas atividades precisam da circulação de clientes. Na visão de especialistas, o avanço da vacinação contra a Covid-19 é peça fundamental para permitir a melhora dos negócios e, posteriormente, a geração de vagas de trabalho. Em 2021, não bastasse o desemprego em alta, brasileiros também amargam o avanço da inflação. A combinação de fatores acaba diminuindo o poder de compra das famílias no país.