Redação

Com o objetivo de prevenir acidentes e preservar a saúde dos garis, a Comlurb está promovendo uma campanha de conscientização da população, por meio da imprensa e de suas redes sociais (@comlurbcomunica), sobre as formas adequadas de acondicionar e dispor os resíduos perfurocortantes. A Companhia registrou em um período de um ano, de junho de 2020 a junho de 2021, 17 casos de acidentes com perfurocortantes em todas as áreas da cidade, entre garis de coleta. O mal acondicionamento desses materiais pela população resultou em corte e perfurações das mãos, dedos ou punhos dos profissionais.

Os perfurocortantes devem ser colocados enrolados em diversas folhas de jornais, em caixas de material rígido, recipientes resistentes ou dentro de garrafas PETs, devidamente sinalizados com o aviso do que se trata, e somente dispostos no dia da coleta.

Internamente, a Companhia também está promovendo reuniões com os trabalhadores para treinamentos e conscientização sobre o assunto. O despejo do lixo fora das caixas e contêineres ou em equipamentos inadequados também pode impactar diretamente em risco ergonômico que resultam em distensões, torções e contusões de membros e outras lesões nos garis de coleta.

Por isso, a campanha também vai abranger a fiscalização de condomínios para que disponibilizem os resíduos em equipamentos adequados, e em pontos de coleta em relação à disposição do lixo. Os contêineres em condomínios e prédios devem ser adequados e em boas condições. Lembrando que a compra e manutenção desses equipamentos são de responsabilidade da administração dos próprios locais. Já o lixo em pontos de coleta, deve ser colocado dentro das caixas metálicas de 1.200 l disponibilizadas pela Comlurb nessas áreas.

Redação

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu neste domingo (25/07) mais uma etapa do projeto “PaqueTá Vacinada”, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).  Foram vacinados 302 adolescentes de 12 e 17 anos residentes da Ilha de Paquetá com a primeira dose (D1) contra a Covid-19, o que equivale a mais de 90% da população desta faixa etária. É mais uma parte do estudo que analisará os efeitos da vacinação em massa, tais como a segurança do imunizante, a proteção também de pessoas não vacinadas e a eficácia a cada dose recebida.

Em 20 de junho, os adultos a partir de 18 anos de Paquetá, primeiro grupo voluntário do projeto, receberam a D1 da AstraZeneca. Já os adolescentes tomarão o imunizante da Pfizer, único atualmente disponível no país com autorização da Anvisa para aplicação nesse público. A segunda dose das vacinas, tanto para adolescentes quanto para adultos, será aplicada em 15 de agosto.

A vacinação ocorreu na unidade de saúde local, a UIS Manoel Arthur Villaboim, das 9h às 16h. Apenas os adolescentes residentes na ilha e que fizeram o teste rápido para a Covid-19 na etapa de inquérito sorológico foram vacinados na ação.

Importante etapa da pesquisa, o inquérito sorológico realizado antes da vacinação da população revelou que, entre os mais de 2,3 mil exames coletados na Ilha de Paquetá, indica que 21% das crianças e adolescentes apresentam anticorpos contra a Covid-19 por terem sido expostos ao coronavírus. Além disso, antes da primeira dose da vacina ser aplicada nos voluntários do projeto, 40% dos adultos não-vacinados e 90% dos vacinados previamente à pesquisa testaram positivo para a presença desses anticorpos.

Redação

A secretária de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, anunciou a criação do Comitê Marielle Franco de Prevenção e Enfrentamento à Violência Política Contra as Mulheres, na tarde desta sexta-feira (23/07), no Palácio da Cidade, em Botafogo. A iniciativa reúne doze instituições do executivo, legislativo, judiciário e da sociedade civil.

Entre os objetivos do Comitê Marielle Franco estão a garantia de memória para as mulheres vítimas da violência de política, o monitoramento de casos e ações de comunicação para prevenção desta forma de violência contra as pessoas de sexo feminino. A meta é até as eleições de 2022 já contar com ações concretas, capazes de combater esse tipo de violência política.

O Rio de Janeiro é uma cidade marcada por um dos crimes mais icônicos de violência política contra as mulheres no Brasil: o assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018. Mas este não é um caso isolado. Na busca por ser uma cidade referência na equidade de gênero, a violência política se tornou também um dos eixos de atuação para a promoção das mulheres e a defesa de suas vidas no Rio.

A criação do comitê ocorre por meio de decreto municipal, que também estabelecerá as formas de violência política contra a mulher. Ou seja, são atos direcionados a mulheres candidatas, eleitas, nomeadas ou ocupando cargo político, durante ou após as eleições, ou, ainda, no exercício de outra natureza de representação política, com o intuito de cercear, impedir, encurtar ou suspender sua plena participação político-partidária nos poderes legislativo e executivo.

A violência política pode ser caracterizada por práticas como: perseguição, distinção, exclusão, restrição, assédio, ameaça, agressão física, psicológica ou sexual ou indução a tomar decisões contrárias à sua vontade.

– Todos perdemos quando uma mulher sofre violência política. Somente uma sociedade capaz de respeitar a voz de todas as diversidades nos espaços de tomada de decisão será justa, livre e segura para todas as pessoas. Hoje, queremos dar respostas e impedir a repetição desses crimes políticos contra as mulheres na nossa cidade – afirmou a secretária Joyce Trindade.

Doze instituições participam do Comitê Marielle Franco: Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher (SPM-Rio); Secretaria Municipal de Governo e Integridade (SEGOVI); Secretaria Especial de Cidadania (SECID); Instituto Marielle Franco; Movimento Mulheres Negras Decidem (MND); Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ); Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro (TRE-RJ); Câmara Municipal do Rio de Janeiro; Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ); Instituto Alziras e Justiça Global.

O comitê irá se reunir uma vez por mês e tem o prazo de 90 dias da publicação do decreto para apresentar o seu plano de trabalho.

Diretora do Instituto Marielle Franco, e irmã da vereadora, Anielle Franco afirmou estar “muito entusiasmada” com o início dos trabalhos deste comitê.

– Ver essa iniciativa se concretizar no município do Rio, onde Marielle foi vereadora e viveu a vida inteira, é muito especial. Minha expectativa é que o Comitê Marielle Franco possa ser um primeiro passo na construção de uma resposta institucional para a violência política de gênero e raça contra as mulheres cariocas – destacou Anielle.

 

Rio ganha comitê contra violência política – Marcos de Paula / Prefeitura do Rio

 

25 de julho | Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra

O lançamento do Comitê Marielle Franco faz parte da agenda Mês das Pretas, realizada pela Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Mulher (SPM-Rio) para celebrar o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha.

Rainha Tereza, como ficou conhecida em seu tempo, se destacou por sua liderança, com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Ela liderou o Quilombo de Quariterê que resistiu da década de 1730 ao final do século XVII. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770. Pode-se dizer que Tereza, assim como tantas outras mulheres negras de todos os tempos, foi uma líder política cuja vida foi interrompida por sua liderança.