O Red Bull Bragantino venceu e aumentou a pressão no Flamengo, nesta quarta-feira (8). Em casa, o time de Bragança Paulista bateu a equipe rubro-negra por 1 a 0, deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e ampliou a turbulência na Gávea, que tem o técnico Paulo Sousa e a diretoria com principais alvos. O placar foi construído com gol de Luan Cândido, que balançou a rede no primeiro tempo e quase se tornou vilão ao ser expulso na etapa final.

Com o resultado, a equipe de Bragança Paulista -que ficou sem vencer por nove jogos- chegou a 13 pontos e passou a ocupar a primeira metade da tabela. O time da Gávea permanece com 12 e vê os integrantes da zona de rebaixamento se aproximarem.

Na próxima rodada, a equipe paulista visita o Cuiabá, enquanto o Flamengo encara o Internacional no Beira-Rio. Os dois jogos acontecem no sábado (11).

A equipe de Maurício Barbieri conseguiu ter bom posicionamento no meio e, nas investidas ao ataque, explorou bastante o lado direito. Foi por ali, inclusive, que nasceu a jogada que originou a abertura do placar. Um ponto positivo também foi a conquista "da segunda bola" ofensiva, o que ajudou, em alguns momento, a fazer pressão.

Na volta do intervalo, o Red Bull Bragantino pressionou logo no início e chegou a carimbar a trave. Posteriormente, se mostrou um pouco mais recuado, e o Flamengo teve mais presença no ataque. Após a expulsão, Barbieri fechou mais a equipe, e perdeu poder ofensivo.

O técnico Paulo Sousa mudou o esquema tático e, para este duelo, desenhou o time no 4-3-3. Sem Arrascaeta, o treinador optou por um setor ofensivo formado por Everton Ribeiro, Lázaro, Vitinho e Gabigol. A equipe, porém, voltou a demonstrar falta de recursos para chegar ao gol adversário, e esbarrou na marcação e em erros de passe. Na defesa, o Red Bull Bragantino achou espaços e assustou.

Na volta para o segundo tempo, a equipe se mostrou mais consistente quando tinha a bola, e foi ao ataque, mas, ainda assim, criou poucas chances claras. Quando ficou com um jogador a mais, Paulo Sousa fez mudanças para levar o time mais à frente.

O jogo começou movimentado, mas "truncado" entre as intermediárias devido às falhas das equipes, à forte marcação e às faltas cometidas por ambos os lados.

O Red Bull Bragantino abriu o placar com Luan Cândido, de cabeça. Após cobrança de falta de Artur, Andreas Pereira desviou e o lateral apareceu nas costas da defesa e completou para a rede.

Os donos da casa chegaram a balançar a rede mais uma vez, quando Helinho aproveitou rebote de Hugo e finalizou forte. A arbitragem, porém, apontou impedimento de Praxedes, que havia cabeceado para a defesa de Hugo.

Nos minutos finais do primeiro tempo, Vitinho teve chance de empatar, mas desperdiçou. Após cruzamento de Everton Ribeiro, o camisa 11 apareceu nas costas da defesa e desviou, mas pegou mal na bola e mandou para fora.

O Red Bull Bragantino quase chegou ao segundo quando Helinho cobrou escanteio e Natan, de cabeça, carimbou a trave.

O Flamengo chegou a ter um pênalti marcado a favor, em lance que Andreas recebeu de Everton Ribeiro, invadiu a área e foi derrubado. O VAR, porém, apontou que o camisa 18 estava em posição irregular.

O Flamengo ficou com um jogador a mais após uma confusão em campo. Leo Pereira e Luan Cândido se desentenderam e trocaram empurrões, e cada um ganhou um amarelo. O VAR chamou Wilton Pereira Sampaio e mostrou um tapa do jogador do Red Bull Bragantino no rosto de Matheuzinho, e o camisa 36 acabou expulso. Após o cartão vermelho, o time da casa procurou compensar a desvantagem numérica e se fechou.

Nos minutos finais, Paulo Sousa mandou o time à frente na busca do empate, mas a equipe rubro-negra não conseguia furar o bloqueio adversário.

No último minuto, Arão cabeceou no cantinho e Cleiton salvou. No rebote, Gabigol dividiu com o goleiro, que se machucou e teve de ser atendido.

Já próximo ao apito final, a torcida do Red Bull Bragantino, em tom de provocação, pediu a permanência do técnico Paulo Sousa no Flamengo. Por outro lado, os rubro-negros gritavam "time sem vergonha"

RED BULL BRAGANTINO
Cleiton; Aderlan, Léo Ortiz, Natan e Luan Cândido; Raul (Jadsom Silva), Eric Ramires, Praxedes (Lucas Evangelista) e Artur; Helinho (Lomónaco) e Ytalo (Hyoran). T.: Maurício Barbieri

FLAMENGO
Hugo Souza; Matheuzinho, Rodrigo Caio (Gustavo Henrique), Léo Pereira e Ayrton Lucas (Filipe Luís); Thiago Maia (Willian Arão), Andreas Pereira, Everton Ribeiro (Marinho); Lázaro (Pedro), Vitinho e Gabriel. T.: Paulo Sousa

Estádio:: Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO)
Assistentes: Bruno Raphael Pires (Fifa/GO) e Bruno Boschilia (Fifa/PR)
VAR: Wagner Reway (PB)
Cartões amarelos: Helinho e Luan Cândido (RED); Lázaro, Leo Pereira e Gabigol (FLA)
Cartão vermelho: Luan Cândido (RED)
Gol: Luan Cândido (RED), aos 16'/1ºT

Diniz chegou ao Fluminense engatando uma série de sete jogos invictos, com cinco vitórias e apenas dois empates. No entanto, as duas derrotas seguidas -para o Flamengo por 2 a 1 na semana passada, e, no domingo (5), para o Juventude por 1 a 0- ligam o sinal de atenção para a torcida.

Para evitar que a série de derrotas seja ampliada, o clube tricolor terá um grande desafio na décima rodada do Campeonato Brasileiro. No Maracanã, o Fluminense recebe o Atlético-MG, terceiro colocado, nesta quarta (8), às 21h30 (de Brasília).

Apesar da atuação contra o Juventude ter sido prejudicada pelo gramado encharcado no Alfredo Jaconi, o Flu fez um primeiro tempo muito apático, finalizando apenas uma vez, mas sem acertar a meta. Na segunda, as alterações trouxeram leve melhora e a equipe conseguiu acertar um chute no gol.

Mais do que o desempenho, o retrospecto recente do técnico Fernando Diniz também é motivo para alerta. Em seus trabalhos recentes, o comandante ficou conhecido por começar bem e, depois, emendar resultados negativos.

Especialmente no São Paulo, entre 2020 e 2021, e no Santos, em 2021, Diniz foi rapidamente do céu ao inferno. Os times paulistas começaram com boas campanhas e o futebol apresentado sob seu comando era elogiado nas arquibancadas, porém, os tropeços seguidos vieram e ele não conseguiu se sustentar no cargo.

O momento ainda não é de preocupação, porém o time começa a viver um período ruim, se aproximar da parte inferior da tabela e indicar a necessidade de alguns ajustes para voltar a vencer. Os dois tropeços após a eliminação da Copa Sul-Americana -mesmo goleando o Oriente Petrolero por 10 a 1- deixaram o time na 11ª colocação, com 11 pontos. O Goiás, que ainda joga na rodada, abre o Z4 com oito pontos.

Sem deixar se abater, o treinador acredita que o revés não irá atrapalhar em nada o trabalho que vem sendo realizado nas Laranjeiras.

"É sempre importante somar pontos, mas isso não afeta em nada o que a gente pensa para o Brasileiro, que está na fase inicial. Deixamos escapar três pontos contra o Flamengo. Precisamos voltar a somar", comentou na entrevista coletiva após a partida em Caxias do Sul.

Nesta quarta, um provável Fluminense terá: Fábio; Samuel Xavier; Manoel, David Braz e Cris Silva; Wellington (Felipe Melo), André e Ganso; Luiz Henrique, Arias e Cano.

Já o Atlético-MG deve ir a campo com: Everson; Mariano, Nathan Silva, Junior Alonso, Rubens; Allan, Jair, Ademir, Nacho; Sasha e Hulk.

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 21h30 (de Brasília) desta quarta (8)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
VAR: Daiane Caroline Muniz dos Santos (SP)
Transmissão: Globo e Premiere

Por: Diego Iwata Lima

O Palmeiras não perde no Campeonato Brasileiro desde a primeira rodada, quando foi surpreendido pelo Ceará, em casa. De lá para cá, o time conseguiu quatro vitórias e quatro empates. Atualmente, ocupa a segunda colocação, com 16 pontos, dois atrás do líder Corinthians.

Nesta quinta-feira (9), o adversário é o Botafogo, no Allianz Parque, em São Paulo, pela décima rodada da competição nacional. Uma nova vitória mantém o time em superávit contra os postulantes ao troféu e pode ser fundamental no cálculo final.

Levando em conta o que foi planejado no ano passado, o Palmeiras está quase dentro do desejado pela comissão técnica, mas tem uma dívida pequena em relação aos pontos que deveria ter conquistado contra times com pretensões menores na competição. Em compensação, somou mais pontos contra seus principais concorrentes do que o foi programado para o momento.

O Palmeiras tem hoje 16 pontos em 27 disputados. De acordo com o estipulado em 2021 e apresentado pelo próprio Abel, o time alviverde deveria ter 18 pontos.

Em seu livro "Cabeça fria, Coração quente", Abel Ferreira e sua equipe revelaram o planejamento de pontuação para o Brasileiro. Na edição de 2021, a meta era fazer 80 pontos no total -somou 66 e terminou em terceiro colocado. De acordo com o livro, essa foi a pontuação média necessária para o título nas últimas 11 edições do torneio.

Os pontos se originam de dois "potes" de times. Contra os times do primeiro pote, que eles chamaram de G8, deveriam vir 20 pontos em 48 disputados -aproveitamento de 41,6%. Os 60 restantes, em 66 disputados (90,9%), viriam do G11, com os demais times. Os pontos perdidos contra os times do G11 têm que ser recuperados contra equipes do G8.

No G8 de 2021 estavam os oito times contra quem o Palmeiras mais tinha dificuldade historicamente e os principais rivais: Flamengo, Atlético-MG, São Paulo, Corinthians, Internacional, Grêmio, Fluminense e Santos. Destes, o Grêmio hoje está na Série B.

Já no G11, estavam Athletico-PR, Red Bull Bragantino, Bahia (rebaixado), Fortaleza, Ceará, Atletico-GO, Sport (rebaixado), Chapecoense (rebaixada), América-MG, Cuiabá e Juventude.

Considerando que Avaí, Coritiba, Botafogo e Goiás foram promovidos à elite do Brasileiro para esta temporada, dentro do critério utilizado para 2021, a vaga do Grêmio no G8 ficaria com o Botafogo. O próprio Abel já deu declarações de que acredita que o clube carioca pode brigar pelo título. Os demais promovidos vão para o G11.

SOBRANDO CONTRA OS CANDIDATOS À PONTA

Dentro desse gabarito, o Palmeiras poderia ter somado apenas seis dos 15 pontos disputados contra Flamengo, Corinthians, Fluminense, Santos e Atlético-MG. Com as vitórias sobre Corinthians (3 a 0) e Santos (1 a 0), além dos empates contra os demais, somou nove.

Já contra Ceará, Goiás, Red Bull Bragantino e Juventude, deveria ter somado 11, mas conquistou sete. Isso indica que o Palmeiras tem quatro pontos a recuperar contra seus principais rivais.

Considerando que já venceu o Santos fora de casa, uma partida em que empatar ou até perder poderia ser considerado normal, pode-se imaginar que parte da dívida já começou a ser paga. Agora, o time finaliza as preparações para buscar mais pontos contra o Botafogo, nesta quinta-feira.

Para a disputa, o técnico Abel Ferreira terá como desfalques o meia-atacante Raphael Veiga, que teve lesão na coxa direita confirmada nesta terça-feira (7), o lateral-direito Mayke, que ainda se recupera de lesão, e os zagueiros Gustavo Gómez e Benjamín Kuscevic, convocados pelas seleções paraguaia e chilena, respectivamente.

O goleiro Weverton e o meio-campista Danilo, convocados para amistosos da Seleção Brasileira, ainda irão se reapresentar ao time, e devem ser relacionados. Uma provável escalação inicial do Palmeiras tem: Marcelo Lomba (Weverton); Marcos Rocha, Luan, Murilo e Piquerez; Gabriel Menino (Danilo), Zé Rafael e Gustavo Scarpa; Rony, Dudu e Rafael Navarro.

O Botafogo, por sua vez, entra em campo buscando um revés após perder para o Goiás, por 2 a 1, na segunda-feira (6), e chegar à terceira partida sem vitória. O time carioca ocupa a décima posição, com 12 pontos em nove jogos.

Para a disputa desta quinta-feira, o técnico Luís Castro não poderá contar com o atacante Diego Gonçalves, afastado após sentir dores na coxa durante os treinos. Uma provável escalação do time carioca tem: Gatito Fernández; Saravia, Kanu, Cuesta e Hugo; Oyama, Tchê Tchê (Del Piage) e Lucas Fernandes; Victor Sá, Vinícius Lopes e Erison.

Estádio: Allianz Parque, em São pualo (SP)
Horário: Às 19h (de Brasília) desta quinta-feira (9)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa/RS)
VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Transmissão: Premiere

As oitavas de final da Copa do Brasil serão um prato cheio para quem gosta de clássicos. O sorteio realizado pela CBF na tarde desta terça-feira (7) estabeleceu quatro confrontos do tipo, sendo dois paulistas: Corinthians x Santos e São Paulo x Palmeiras. Também tem duelo entre os dois últimos campeões brasileiros: Flamengo x Atlético-MG.

O sorteio chamou a atenção justamente pelo número de clássicos: metade dos confrontos opõe rivais. Corinthians e Santos foi o primeiro duelo sorteado, seguido já por São Paulo x Palmeiras e pouco depois por Goiás x Atlético-GO e Fortaleza x Ceará. Tantos clássicos que o ex-atacante Bebeto, um dos responsáveis pelas bolinhas, não conseguia conter o riso. "Estou até preocupado", brincou.

Havia a chance de ainda mais clássicos nos últimos três confrontos, afinal restavam três mineiros e três cariocas no pote, mas desta vez as bolinhas definiram confrontos entre times de estados diferentes: Fluminense x Cruzeiro, América-MG x Botafogo e Flamengo x Atlético-MG.

A tendência é que os jogos de ida sejam em duas semanas, em 22 e 23 de junho, e os classificados para as quartas de final serão definidos três semanas depois, em 13 e 14 de julho. A ordem do mando de campo também será definida em sorteio, na tarde desta terça-feira. A competição não tem mais o critério de gols fora de casa.
*
CONFIRA O CONFRONTO DAS OITAVAS
Corinthians x Santos
São Paulo x Palmeiras
Athletico x Bahia
Goiás x Atlético-GO
Fortaleza x Ceará
Fluminense x Cruzeiro
América-MG x Botafogo
Flamengo x Atlético-MG

O Vasco alcançou sua primeira vitória como visitante e é vice-líder da Série B com 21 pontos. Nesta terça (7), a equipe carioca foi até o estádio do Arruda e venceu o Náutico por 3 a 2. O jogo teve um atraso de 16 minutos por um problema de logística do Náutico, que estreava novo uniforme na partida.

Os gols foram marcados por Figueiredo, Andrey e Nenê para o Vasco. Thássio e Jean Carlos descontaram para os donos da casa. O Náutico ocupa a 14ª colocação, com 12 pontos, mas ainda pode terminar a rodada na zona de rebaixamento.

A próxima partida do Náutico será nesta sexta (10), diante do Sampaio Corrêa, às 19h, fora de casa. O Vasco faz o próximo jogo contra o Cruzeiro, no Maracanã, às 16h no próximo domingo (12).

O Vasco contou com boas partidas de crias da base para chegar a primeira vitória como visitante na Série B. Andrey e Figueiredo fizeram boas partidas, marcando os gols. Yuri Lara, também da base, fez boa partida, na marcação no setor de meio-campo.

A equipe do Náutico foi mal do início ao fim da partida. Muitos erros de passes impossibilitaram a equipe anfitriã de dar fluidez ao seu jogo. O goleiro Thiago Rodrigues foi mero espectador do primeiro tempo. As alterações no segundo tempo melhoraram um pouco o time, mas a equipe seguiu atuando abaixo do que já demonstrou nessa Série B.

O jogo teve seu início atrasado em 16 minutos. O motivo foi um problema logístico do Náutico, que não conseguiu entregar a tempo os uniformes que a equipe pernambucana usaria na partida. Funcionários do clube chegaram a se deslocar para o estádio dos Afltos para buscar o uniforme antigo, mas não foi preciso.

O Vasco entrou sozinho em campo e o protocolo de reprodução de hinos foi realizada apenas com a equipe carioca em campo. Se o Náutico atrasasse mais que trinta minutos, o árbitro poderia dar a partida como encerrada. O Vasco entrou com uma marca na parte frontal do uniforme estampando a hashtag #SOSPernambuco.

Após a partida, as camisas serão autografadas e leiloadas. O dinheiro arrecadado será doado para uma instituição do Recife que ajuda as vítimas das chuvas no estado nordestino.

A partida começou sem muitas emoções. O Vasco tinha mais a bola, mas não conseguia criar chances claras de gol. O Náutico adotava uma proposta mais reativa, esperando as ações do clube carioca, marcando praticamente em seu próprio campo. O jogo quase ficou parado novamente quando um torcedor na arquibancada passou mal, mas foi reiniciado após ele ser levado pela ambulância.

O jogo seguia sem fortes emoções quando o juiz marcou falta na intermediária ofensiva do Vasco. O atacante Figueiredo se apresentou para cobrança e bateu forte na bola. O goleiro Lucas Perri não conseguiu fazer a defesa e viu a bola bater na trave e quicar dentro do gol, abrindo o placar para os cruz-maltinos.

O Vasco seguia melhor na partida e pouco depois do gol, Nenê cruzou bola na área com perigo na direção do gol. Lucas Perri precisou fazer boa defesa para evitar o segundo gol carioca no jogo. Pec perdeu passe em contra-ataque que poderia levar perigo.

Os donos da casa seguiam sem conseguir criar boa chances de gol. Após sofrer o gol, a equipe passou a errar mais passes, demonstrando nervosismo.

A superioridade vascaína logo foi refletida no placar. Andrey roubou a bola no campo de defesa e partiu rumo ao ataque, sem ser parado pela marcação. Na entrada da área, tabelou com Nenê, recebeu a bola dentro da área e finalizou com perfeição para marcar o segundo gol do jogo.

O Náutico iniciou o segundo tempo com uma postura diferente, ocupando mais o campo de ataque e buscando gol de empate. A primeira boa chance do Náutico aconteceu apenas no segundo tempo. Jean Carlos recebeu cruzamento e, da entrada da área, bateu firme por cima do gol.

Mesmo com boa vantagem, o cruz-maltino seguiu incomodando o adversário. Após roubada de bola no campo ofensivo, Pec tocou para Getúlio. O atacante finalizou quase na pequena área e parou em excelente defesa do goleiro Lucas Perri. Figueiredo até fez mais um gol, mas foi anulado após o VAR acusar impedimento.

O Vasco seguia melhor na partida, mas o Náutico conseguiu diminuir a vantagem dos donos da casa. Pedro Vitor recebeu dentro da área e finalizou com força, obrigando o goleiro Thiago Rodrigues a fazer boa defesa. No rebote, Thássio finalizou, a bola desviou no zagueiro Anderson Conceição e morreu dentro das redes do Vasco.

O gol não mudou a postura do Vasco na partida, que seguiu controlando o jogo. O Náutico tinha um pouco mais a posse de bola, mas foi o clube carioca que marcou de novo. Andrey lançou Figueiredo na área que dominou, driblou o goleiro e tocou para Nenê. O experiente meia chutou colocado e venceu os dois zagueiros, marcando o terceiro gol vascaíno da partida.

Depois do gol, o Náutico seguiu tentando pelo menos diminuir a vantagem, mas esbarrava em erros no campo de ataque.

Aos 50 minutos do segundo tempo, Zé Santos tocou Victor Ferraz dentro da área em cobrança de escanteio. Após análise do VAR, o árbitro marcou pênalti, convertido por Jean Carlos, dando números finais a partida.

NÁUTICO
Lucas Perri; Victor Ferraz, Wellington, Bruno Bispo, Thassio; Franco (Eduardo), Nascimento (Djavan), Jean Carlos; Ewandro (Amarildo), Pedro Vitor, Léo Passos (Robinho). T.: Roberto Fernandes

VASCO
Thiago Rodrigues; Gabriel Dias (Weverton), Danilo Boza, Anderson Conceição, Edimar; Yuri, Andey Santos (Matheus Barbosa), Nenê (Isaque); Gabriel Pec (Bruno Nazário), Figueiredo, Getúlio (Zé Santos). T.: Emílio Faro.

Estádio: Arruda, em Recife (PE)
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (SP)
Assistentes: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Gustavo Rodrigues de Oliveira (ambos de SP)
VAR: Heber Roberto Lopes (SC)
Cartões Amarelos: Richard Franco, Jean Carlos, Robinho, Victor Ferraz (NAU); Edimar, Andrey (VAS);
Gol: Figueiredo (VAS), aos 27', e Andrey (VAS), aos 42'/1ºT; Thássio (NAU), aos 25', Nenê (VAS), aos 31', e Jean Carlos (NAU), aos 52'/2ºT.

O Goiás venceu, de virada, o Botafogo, na noite da segunda-feira (6), por 2 a 1 e deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Já o clube alvinegro desperdiçou a chance de entrar no G4, visto que atuou em casa, no estádio Nilton Santos. O triunfo Esmeraldino foi construído com dois gols de Pedro Raul, no segundo tempo, após Cuesta abrir o placar na etapa inicial.

Com o resultado, o Esmeraldino chega a 12 pontos, empatando com o Flamengo, o próprio Alvinegro e o Santos. Com a derrota, por outro lado, o Glorioso desperdiçou a oportunidade de retornar ao G4.

Na próxima rodada, o Botafogo encara o Palmeiras, no Allianz Parque, enquanto o Goiás visita o Fortaleza. Os dois jogos vão ser na quinta-feira.

O Botafogo, novamente, teve novidades na escalação. Desta vez, Hugo ganhou chance na lateral esquerda e Vinícius Lopes no setor ofensivo. Assim como em outras partidas em casa, a equipe do técnico Luís Castro tentou imprimir um ritmo mais forte nos primeiros minutos, e conseguiu construir algumas jogadas, principalmente com passes em profundidade.

Porém, também se mostrava envolvido na transição ofensiva do Goiás, que achou alguns espaços.

No retorno do intervalo, o time conseguiu se mostrar um pouco mais compacto, dificultando os avanços dos adversários. Mas, aos poucos, deixou o jogo aberto e, neste cenário, os visitantes conseguiram criar boas chances de marcar.

O Goiás foi a campo no esquema de 3-5-2 e conseguiu fazer boas ligações ofensivas, achando espaços na marcação, mas pecava na parte defensiva. "Correndo atrás" quando o adversário atacava, o time de Jair Ventura abusou das faltas no primeiro tempo.

Para o segundo tempo, houve mudanças, em uma tentativa de fazer o time ser mais reativo, mas o Goiás demonstrou maior dificuldade na saída de bola, e se mostrou mais recuado. Porém, com novas alterações, foi se consolidando e criando oportunidades claras.

O JOGO

A partida começou movimentada, mas com muito "perde e ganha" entre as intermediárias. O Goiás assustou em um lance em que houve confusão na área e a bola sobrou para Caio, mas errou o alvo.

Já o Botafogo, chegou perto em boa jogada de Hugo, que invadiu a área e bateu. A bola explodiu na defesa e houve pedido por toque na mão, mas a arbitragem mandou seguir.

O Esmeraldino teve de fazer a primeira substituição ainda nos primeiros minutos do jogo. Após uma jogada, Matheusinho caiu no gramado e indicou fortes dores. Ele deu lugar a Vinicius.

O Goiás encontrou dificuldades na transição defensiva e, "atrasado", acabou apelando para as faltas para parar os ataques adversários. A sequência de penalidades - foram 13 no primeiro tempo -, inclusive, gerou grande reclamação dos jogadores alvinegros.

O Esmeraldino chegou perto de abrir o placar quando, após cobrança de escanteio, Dadá Belmonte pegou o rebote e, de fora da área, finalizou. A bola passou perto da trave direita de Gatito.

Quando a etapa inicial caminhava para o fim, o Botafogo abriu o placar. Depois de cobrança de escanteio de Daniel Borges, Víctor Cuesta cabeceou, mandou no canto esquerdo de Tadeu, e saiu para comemorar.

Logo na volta para o segundo tempo, Erison recebeu lançamento em velocidade e bateu, mas mandou para fora.

Diferentemente do primeiro tempo, o Goiás esbarrava na marcação adversária e demonstrava um pouco mais dificuldades para chegar ao ataque. Porém, em uma das investidas, Dadá Belmonte ganhou dentro da área e bateu de perna direita, carimbando na trave. Na continuidade do lance, Fellipe Bastos mandou para fora.

Em uma tentativa de mudar a cara da equipe, Jair Ventura colocou Pedro Raul, que defendeu o Botafogo em 2020. E no primeiro lance, a bola sobrou na área e ele girou, mas mandou para fora.

O Goiás chegou ao empate em uma jogada com dois jogadores conhecidos da torcida do Botafogo. Fellipe Bastos, que é cria do Alvinegro, cruzou de três dedos, e Pedro Raul apareceu sozinho na área para completar de cabeça.

Em contra-ataque, Vinicius aciona Pedro Raul, que chega escorando para o gol e vira a partida.
Nos minutos finais, o Botafogo se lançou ao ataque tentando fazer, ao menos, o gol de empate.

O Botafogo recebe uma comitiva do RWD Molenbeek, da Bélgica, que também tem participação de John Textor. Integrantes do clube estiveram no Nilton Santos acompanhando o jogo e ficam até quinta-feira, para a realização de uma série de reuniões.

Estádio: Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Paulo Henrique Schleich Vollkopf (MS)
VAR: Daiane Caroline Muniz dos Santos (FIFA / SP)
Cartões amarelos: Víctor Cuesta, Lucas Fernandes (BOT); Elvis (GOI)
Gols: Cuesta, aos 45min do 1º tempo (BOT); Pedro Raul, aos 28min do 2º tempo e aos 35min do 2º tempo

BOTAFOGO
Gatito Fernández; Daniel Borges (Saravia), Kanu, Víctor Cuesta e Hugo; Luís Oyama, Tchê Tchê (Chay) e Lucas Fernandes (Patrick de Paula); Vinícius Lopes (Diego Gonçalves), Erison e Victor Sá. T.: Luís Castro

GOIÁS
Tadeu; Sidimar, Reynaldo e Caetano; Maguinho, Caio (Fellipe Bastos), Elvis (Apodi) (Pedro), Matheus Sales e Dadá Belmonte (Pedro Raul); Matheusinho (Vinicius) e Nicolas. T.: Jair Ventura