Redação

A pesquisadora Jamila Perini, da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) e do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), ambos no Rio de Janeiro, estuda qual o impacto da pandemia em atletas brasileiros. Cerca de 600 atletas, entre 18 e 45 anos, de mais de 20 diferentes modalidades esportivas participam da pesquisa. 

O estudo analisa a repercussão biológica, psicológica e social da covid-19 em atletas brasileiros, com o intuito de avaliar a prevalência da doença e identificar os fatores epidemiológicos, clínicos, atléticos, estilo de vida e de saúde associados à doença provocada pelo vírus SARS-CoV2 nesses indivíduos, incluindo o impacto financeiro e também psicológico.

No primeiro inquérito realizado por entrevistas online, no período de agosto a novembro de 2020, foram recrutados 414 atletas, após divulgação em redes sociais, e mais de 680 clubes e federações. Os primeiros resultados já foram publicados, neste ano, no periódico Biology of Sport. As análises sobre o impacto psicológico da pandemia, da quarentena e das dificuldades dos atletas em treinar e da falta de patrocínio estão em finalização. Mas os pesquisadores já identificaram que, durante a pandemia, os sintomas como ansiedade, insônia, depressão ou estresse foram autodeclarados por cerca de 80% dos 578 atletas que já responderam o questionário. Dentre esses, 513 (88,7%) relataram sintoma de estresse, 420 (72,7%) insônia, 268 (46,4%) ansiedade e 157 (27,2%) depressão.

Entre os dados já publicados, a investigação mostrou que menos de 50% dos atletas fizeram testes para covid no período. O baixo índice ocorre porque muitos dos entrevistados são de baixa renda, ficaram sem patrocínio durante a pandemia e utilizam o SUS. Dentre aqueles que fizeram teste de covid-19, 8,5% tiveram a doença. Mais de 25% dos atletas com teste negativo ou não testado relataram mais de três sintomas característicos do covid-19, e 11% dos atletas com teste positivo para doença eram assintomáticos.

Durante a pandemia, os atletas perderam patrocínios e tiveram que readaptar seus treinos, incluindo locais inadequados e a falta de treinadores. Com isso, quase 20% dos entrevistados relataram lesões musculoesqueléticas durante o período.

A pesquisadora Jamila Perini é Jovem Cientista do Nosso Estado e recebe apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. O estudo faz parte de uma linha de pesquisa da Uezo, Into e da Fiocruz, envolvendo o projeto de doutorado do Lucas Lopes (bolsista Capes) e da estudante de iniciação científica (CNPq) Giuliana de Souza.

Folhapress

Em um jogo surpreendentemente difícil, a seleção brasileira masculina venceu a Argentina de virada por 3 sets a 2 (19/25, 21/25, 25/16, 25/21 e 16/14) nesta segunda-feira (26) pela segunda rodada do torneio de vôlei das Olimpíadas de Tóquio.

O Brasil, atual campeão olímpico e da Liga das Nações, cometeu muitos erros individuais nos dois primeiros sets e viu os argentinos abrirem dois sets de vantagem no início da partida, com placar de 25 a 19 no primeiro e 25 a 21 no segundo.

Precisando vencer o set para para se manter viva na partida, a seleção brasileira reagiu na terceira parcial e venceu por 25 a 16.

No quarto set, porém, a seleção brasileiro voltou a tomou sufoco, quando chegou a ficar atrás no placar por 17 a 11. No entanto, o time contou com a força de Lucarelli e Leal para conseguir uma recuperação incrível, fechando a parcial em 25 a 21.

O quinto e decisivo set da partida, começou equilibrado até a Argentina abrir 11 a 9 de vantagem, mas o Brasil teve novamente cabeça para reverter o placar, fechando o tie-break em 16 a 14.

O resultado desta segunda, assim como a vitória por 3 sets a 0 na estreia, no último sábado (24), contra a Tunísia, foram importantes para a classificação do Brasil para o mata-mata do torneio olímpico de vôlei masculino.

Nas próximas rodadas, a seleção começa uma sequência dura de partidas. Começando com o jogo contra o time do Comitê Olímpico Russo, na próxima quarta-feira (28), às 9h45 (de Brasília). A equipe ainda enfrentará os EUA e fecha a fase de grupos contra a França.