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A derrota por 1 a 0 no clássico diante do Fluminense no último domingo (4) trouxe uma dose extra de pressão ao técnico Rogério Ceni no comando do Flamengo, que vê o desgaste crescer na Gávea.

O cargo do treinador não está ameaçado no momento, mas Ceni queimou alguns créditos junto à diretoria no Fla-Flu. Durante o jogo, suas mexidas tornaram o time rubro-negro mais vulnerável e permitiram que o rival crescesse. Já após a partida, o tom mais alto na entrevista coletiva não agradou.

A seu favor, Rogério tem os títulos recentes e a boa avaliação do departamento de futebol, que entende que o momento é dificultado pela ausência de alguns dos principais nomes da equipe. Apesar do atenuante, a observação é contínua.

"Temos muitos jogadores na seleção. Jogávamos com quatro camisas 10 no meio. Um foi vendido [Gerson], outro se machucou [Diego], e dois estão na Copa América [Arrascaeta e Everton Ribeiro]. Tivemos que mudar a maneira de jogar", justificou Ceni.

Em tempos de resultados não satisfatórios dentro das quatro linhas, o comandante começa ao menos a vislumbrar um cenário melhor para os desafios que se apresentam. Com suas seleções eliminadas da Copa América, Isla, Piris da Motta e Arrascaeta voltaram a trabalhar na segunda-feira (5) e devem pintar na equipe que encara o Atlético-MG nesta quarta (7), às 19h, no Mineirão, pelo Brasileiro.

Enquanto não tem todas suas peças à disposição, Rogério aguarda os sonhados reforços. A direção rubro-negra, que trabalha com cautela, segue de olho em ao menos dois nomes de peso.

Embora não tenha havido nenhuma evolução recentes nas negociações, Thiago Mendes, Renato Augusto e Kenedy seguem na lista rubro-negra, e a tendência é que as conversas avancem nas próximas semanas. Até receber os presentes desejados, o treinador terá que encontrar soluções dentro de casa.

"Queremos sempre vencer. Nem fazemos contas dos jogadores que estão fora, dos desfalques ou não. O Flamengo quer sempre vencer. No ano passado, ganhamos o campeonato por um ponto, e cada ponto deixado para trás é muito importante", disse ele.

Após três derrotas nos últimos cinco jogos, os atuais campeões encaram o Atlético em jogo com ares de decisão. O time mineiro, vem de duas vitórias seguidas, também estará reforçado por atletas que estiveram no torneio de seleções, Junior Alonso e de Eduardo Vargas no caso.

Com 12 pontos, quatro a menos que o Atlético, o Flamengo é o décimo colocado, enquanto o adversário mineiro ocupa a quarta posição da tabela.

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Horário: 19h (de Brasília) desta quarta-feira (7)
Árbitro: Paulo Roberto Alves Junior (PR)
VAR: Adriano Milczvski (PR)
Transmissão: Premiere

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A diretoria do Vasco ainda demonstra confiança no elenco e no técnico Marcelo Cabo para conquistar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro já na atual temporada. Os números, porém, não são dos mais positivos até aqui e se apresentam bastante aquém se comparados às campanhas anteriores na competição.

Atualmente, o time cruz-maltino tem dez pontos, com 41,7% de aproveitamento -equivalente a três vitórias, um empate e quatro derrotas-, e ocupa a modesta nona colocação, cinco pontos atrás do G-4. Os resultados pressionam a cúpula por mudanças e a comissão técnica por um desempenho mais proveitoso a curto prazo. O time ainda não conseguiu, por exemplo, duas vitórias consecutivas e vive uma gangorra no torneio.

Em 2009, ao fim da oitava rodada, o Vasco do técnico Dorival Júnior tinha 13 pontos, 54,1% de aproveitamento e ocupava a sexta posição, dois pontos atrás do G-4. Já em 2014, com Adilson Batista à beira do gramado, o desempenho era igual em pontos conquistados, mas o time estava na quinta posição, empatado com o ABC, então quarto.

Após dois anos, de volta à Série B, o clube cruz-maltino tinha 19 pontos, com 79% de aproveitamento, e liderava a competição. À época, o técnico era Jorginho, com quem o atual treinador do Vasco já trabalhou diretamente, tem boa relação e considera quase como um irmão mais velho.

Cabo chegou à Colina no início da temporada, com a missão de levar o time de volta à elite. Na caminhada, porém, ocorrram alguns percalços. A equipe não vem conseguindo ter atuações sólidas e demonstra falhas tanto na defesa quanto no setor ofensivo, com poucas oportunidades criadas. Nem mesmo quando o resultado foi positivo, nos triunfos sobre Brasil de Pelotas, CRB e Brusque, o que se viu em campo arrancou elogios da torcida.

Além disso, o jogo com o Confiança às 16h30 deste sábado (3) terá mais um problema: os desfalques. Serão cinco por suspensão, entre expulsões, casos de Bruno Gomes e Juninho, e acúmulos de três cartões amarelos, o que com Galarza, Léo Jabá e Morato.

Apesar do desempenho ruim até aqui, o presidente do clube, Jorge Salgado, disse acreditar, em entrevista recente ao programa Dividida, comandado pelo jornalista Mauro Cezar Pereira, no Canal UOL, que o elenco cruz-maltino é o melhor da Série B.

"Se não for o melhor, está entre os três melhores da Série B. Mas é um campeonato difícil, muito disputado, muitas viagens, altos e baixos, vamos oscilar, mas temos elenco para voltar à primeira divisão. Futebol também tem que ter um pouco de sorte. A bola tem que entrar na hora certa", disse Salgado.

O mandatário ainda prestou apoio ao treinador e ao diretor-executivo do Vasco, Alexandre Pássaro. "Temos mais ou menos 35 jogadores, promovemos muitos da base, mesclamos. O Cabo sabe trabalhar bem isso, e o Pássaro é um profissional excepcional. Estamos na direção certa."

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 16h30 (de Brasília) deste sábado (3)
Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF)
Transmissão: Premiere

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O Fluminense voltou a vencer em grande estilo ao bater o arquirrival Flamengo com gol nos acréscimos no último domingo (4). Além dos três pontos e do moral elevado, Roger Machado ganhou uma dúvida com o clássico, sobre a condição de Nenê no time.

Antes titular incontestável, o meia chegou a perder espaço, mas agora tem ido bem saindo do banco e já requer atenção para a sequência do Brasileiro, pelo qual o time tricolor enfrenta o Ceará às 21h30 desta quarta-feira (7), além das decisões na Copa do Brasil e Libertadores.

Na temporada de 2020, o jogador não só era presença certa na escalação inicial como também foi o artilheiro da equipe, com 20 gols. Ainda assim, Nenê conviveu com críticas dos torcedores, restritos à "arquibancada virtual" das redes sociais.

Já em 2021, além de colocar quatro bolas na rede, Nenê começou o ano como garçom, somando seis assistências. O sistema de jogo da equipe com Roger, entretanto, exige muito fisicamente dos jogadores, e o já veterano Nenê, aos 40 anos, tem variado entre a titularidade e a reserva.

Se não teve grandes atuações ao iniciar como titular nas últimas partidas, ele foi bem vindo do banco contra Junior (COL), Red Bull Bragantino e Flamengo. Em todos os jogos, o Fluminense não estava vencendo, e o camisa 77 participou ativamente de três gols marcados após sua entrada.

"O Nenê é sempre uma opção. Claro que, quando jogador entra depois que o jogo já está quente, perde ritmo, isso é a parte ruim do processo, mas ele com o tanque cheio, e os outros jogadores já com a energia reduzida, pode ter uma vantagem, tudo é possível. Ele entrou bem realmente nas duas vezes que saiu do banco. Agora depende muito do que a gente espera para cada partida", disse Roger após a vitória no clássico.

Para a posição de Nenê, o treinador ainda conta com Cazares, que não tem correspondido à altura quando começa jogando. Ainda longe de sua melhor forma, o equatoriano também tem funcionado melhor saindo do banco -deste modo, deu três assistências e empolgou na Libertadores. Já como titular, deixou a desejar.

Terceira opção na posição, Paulo Henrique Ganso tem jogado pouco, e apesar de contar com a simpatia da torcida, quase não tem acrescentado ao time.

Sem um titular definido e com seus meias instáveis, Roger já treinou alternativas com três homens de meio de campo. A reportagem apurou que, apesar das tentativas, o modelo ainda precisa de ajustes e, sem tempo em meio à maratona de jogos, fica restrito a situações no decorrer dos jogos.

Herói do Fla-Flu, André deve receber mais minutos, e se mantiver o nível, poderá virar um concorrente de peso aos meias, liberando Yago e Martinelli para jogar e pressionar mais a bola no campo de ataque, um problema recorrente do time tricolor nos últimos jogos.

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 21h30 (de Brasília) desta quarta-feira (7)
Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC)
VAR: Braulio da Silva Machado (SC)
Transmissão: TV Globo e Premiere

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Marcelo Chamusca é experiente quando o assunto é acesso. Em sua carreira, o atual treinador do Botafogo conseguiu subir clubes em todas as divisões do Campeonato Brasileiro. Na Série B, a avaliação dele é de que a parte física se sobrepõe à técnica.

"A Série B sempre teve essa característica de ser uma competição de muita transpiração. Está muito atrelado a questão de campo, logística, sequência de jogos, poder de investimento das equipes", analisou. "Então, é muito importante você competir no nível que a competição pede", disse.

Além da parte física, Chamusca elencou outros elementos essenciais para a volta à elite do futebol. "Os times mais organizados, com suas mecânicas de jogo mais consistentes, mais padrão, mais elenco para rodar -porque a competição exige isso- vão chegar, principalmente na reta final, com mais chance de acesso".

Por conta disso, o treinador exaltou o triunfo por 1 a 0 sobre o Vitória na quarta-feira (30), mesmo com uma atuação abaixo da expectativa. O resultado positivo interrompeu a sequência de duas derrotas seguidas. Agora, o treinador tenta embalar contra o Avaí, em confronto às 21h deste domingo (4).

A equipe carioca está na sétima colocação e tem 11 pontos, a quatro do G-4. Já o Avaí, com um ponto a menos que os botafoguenses, chega à nona rodada na décima posição da tabela. O time catarinense vem de duas vitórias seguidas na competição, sobre CRB e Londrina.

Estádio: Ressecada, em Florianópolis (SC)
Horário: 21h (de Brasília) deste domingo (4)
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)
Transmissão: Premiere