Uma das maiores referências da língua portuguesa e imortalizado pela Academia Brasileira de Letras desde 2000, o professor Evanildo Bechara protagonizou um bate-papo pra lá de especial na manhã de quarta-feira, dia 15. No auditório do Colégio Franco-Brasileiro, em Laranjeiras, o gramático, de 94 anos, contou curiosidades sobre o idioma nacional e sobre seus mais de 70 anos como docente.

Na plateia, dois bisnetos do convidado especial: Thiago e Helena, alunos, respectivamente, do 8º e 6º ano do Franco, e a neta Clarice. Orgulho define o sentimento dos familiares.

- Estou muito feliz por dividir um pouco da minha experiência com vocês. A minha gramática é um resultado do que foi escrito antes de mim. E a língua portuguesa foi a chave que me abriu o futuro - contou Bechara, que ressaltou, entre outros pontos, a importância da leitura e de se aperfeiçoar em outros idiomas.

Diretor pedagógico do Franco, Helcio Alvim não apenas recebeu e apresentou o ilustre convidado à atenta plateia, como exaltou a visita de Bechara:

- Poucos intelectuais brasileiros encarnam tão bem nossos ideais quanto o Acadêmico Evanildo Bechara. Sua defesa pela liberdade que nasce do conhecimento, que permite às pessoas escolher a forma de construir seu discurso, adequando-o a quem o recebe, e que só é possível quando se tem o repertório adequado, do erudito ao coloquial, coincide inteiramente com aquilo em que cremos, e pelo que trabalhamos todos os dias. Daí por que ficamos tão honrados e felizes com sua vinda!

Órfão de pai, Bechara, dos 11 para os 12 anos, trocou sua cidade natal, Recife, pelo Rio de Janeiro, com o objetivo de completar sua educação na casa de um tio-avô.

Inicialmente, ainda na adolescência, a ideia inicial do gramático era se tornar professor de Matemática. Mas, aos 15 anos, conheceu o professor Manuel Said Ali, um dos maiores estudiosos da língua portuguesa, e uma grande inspiração para o caminho que o então estudante iria trilhar.

Importância da leitura

A gratidão a Said Ali também foi expressa na conversa do imortal com os alunos do Franco.

Com muito bom humor, Bechara tirou dúvidas da plateia e deu alguns conselhos. Entre eles:

- A leitura é um grande corredor que nos permite viver e aprender mais. E estudar, além da língua materna, idiomas como o francês, espanhol e inglês é, igualmente, muito importante.

Um verdadeiro Campeonato Brasileiro de Robótica aconteceu no último final de semana, em São Paulo. As cem melhores equipes do país, de escolas particulares e públicas, disputaram diversas modalidades da etapa nacional da First Lego League (FLL), reunindo mais de 1200 crianças e adolescentes. E a FrancoDroid, equipe do Colégio Franco-Brasileiro, foi, novamente, um dos destaques, conquistando o quarto lugar na categoria Inovação.

A FLL foi uma das atrações do Festival Sesi de Robótica, maior evento da modalidade no Brasil, e marcou um recomeço. Isso porque foi o primeiro festival presencial após o início da pandemia. Os estudantes festejaram não apenas as vitórias, mas, também, a interação com os outros participantes.

Aluna do 1º ano do Ensino Médio do Franco, Clara Sánchez, de 15 anos, celebrou mais um feito da FrancoDroid:

- Foi uma grande conquista para o nosso time. Foi muito gratificante ver como todo o nosso esforço foi recompensado e ainda divulgar e mostrar para o mundo como essas soluções simples podem agregar valor à vida de milhões de pessoas e ajudar o planeta de diversas outras formas.

Hoje monitor da FrancoDroid, e aluno do colégio durante 12 anos (do início do Ensino Fundamental até o final do Ensino Médio), Daniel Gudin, de 18, também festejou o resultado alcançado:

- Esse prêmio representa os frutos de todo o esforço envolvido. Foram inúmeras horas de trabalho para aprimorar robô, pesquisa e trabalho em equipe, e é muito gratificante ver que esse projeto, que tem como intuito melhorar a qualidade de vida das pessoas e agregar na nossa comunidade, obteve reconhecimento em um torneio com 100 equipes.

Gudin também ficou muito feliz de ver que os atuais membros da FrancoDroid, que ainda não tinham participado de um torneio presencial em função da pandemia, sentiram na pele a atmosfera da competição e ganharam experiência.

- Na FLL, nenhum torneio é igual ao outro. Há sempre novas ideias, experiências, trocas e maneiras de pensar fora da caixa, para trazer um impacto positivo na comunidade. É sempre incrível ver todo mundo trabalhando junto, e o torneio por si só também já é uma vitória para o avanço da educação no Brasil.

Coordenadora da FrancoDroid, a professora Rosângela Nezi explica como foi o trabalho dos alunos:

- Nossa inovação agrega um potencial valor ao desperdício dos alimentos no transporte rodoviário. Nossa solução é uma forma inédita de lidar com o problema do desperdício de alimentos, que afeta nossa sociedade em diversos aspectos. Através da absorção do impacto recebido durante a viagem, nossa solução preserva os alimentos que seriam desperdiçados ou danificados por causa da má qualidade do transporte. Levando, assim, alimentos com um preço mais acessível e de muito mais qualidade para a mesa dos consumidores.

De acordo com a professora, o sentimento é o melhor possível após a FLL:

- Além de aprender mais sobre Ciências e Tecnologia, a gente se divertiu muito. Ganhar o prêmio de projeto de inovação só legitima a nossa ideologia de que quando alguém dedica sua vida à Ciência e à Tecnologia, quem ganha é o mundo.

Prêmio internacional em 2019

Desde 2009, quando foi lançada, a FrancoDroid vem colecionando conquistas. O destaque foi para a vitória no Global Innovation Award, em 2019, na Califórnia, que reuniu 20 equipes com as melhores pesquisas da temporada, avaliando diversos fatores. Na ocasião, os alunos do colégio desenvolveram o CosmoCup para astronautas. Tratava-se de um coletor menstrual especial com uma membrana na parte superior que impede que o sangue se espalhe pela aeronave. O prêmio foi de 20 mil dólares, e a equipe do Franco foi a única do país a deter esta conquista. Por esse feito, ganhou o título de embaixadora de inovação do Brasil.

Por: Matheus Teixeira

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta quarta-feira (22) a medida provisória que prevê desconto de até 99% na renegociação de dívidas do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

O texto estabelece que estudantes inscritos no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) ou beneficiados pelo auxílio emergencial poderão receber o perdão máximo do valor devido.

A medida foi editada pelo governo federal em dezembro de 2021 e aprovada pela Câmara e pelo Senado em maio deste ano. Com a sanção, a medida se torna uma lei definitiva.

A medida abrange créditos contratados com o Fies até o segundo semestre de 2017.

O texto cria também um programa especial de regularização tributária das Santas Casas, os hospitais e as entidades beneficentes que atuem na área da saúde, que não estava previsto inicialmente e foi incluído pelo parlamento.

Elas poderão regularizar suas situações junto à Receita Federal ou à PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional).

O programa abrange débitos de natureza tributária e não tributária vencidos até 30 de abril deste ano, incluindo os que foram objeto de parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos. Para aderir será preciso fazer um requerimento até 60 dias após a publicação da lei. A dívida poderá ser paga em até 120 parcelas mensais e sucessivas.

Ao aderir, as entidades passam a ter o dever de pagar as parcelas dos débitos consolidados no parcelamento e dos débitos vencidos após 30 de abril de 2022, inscritos ou não em dívida ativa da União.

Bolsonaro vetou apenas um trecho da norma aprovada pelo Congresso, que previa descontos concedidos às Santas Casas no Programa Especial de Regularização Tributária a serem computados na base de cálculo de alguns impostos, como o PIS/Pasep (Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público).

O texto prevê a exclusão em caso de não pagamento de três parcelas consecutivas ou de seis alternadas ou a decretação de falência ou extinção, pela liquidação, da entidade optante, entre outras hipóteses.

Para estudantes com dívidas vencidas e não pagas antes de dezembro de 2018, há previsão de desconto de 77% no valor –desde que a pessoa não esteja inscrita no CadÚnico, nem tenha recebido auxílio emergencial.

Nas hipóteses de renegociação, o saldo devedor deverá ser quitado em até 15 prestações mensais, corrigidas pela Selic (taxa básica de juros). Caso o estudante descumpra o acordo e não pague três prestações sucessivas ou cinco alternadas, a dívida será restabelecida, com os acréscimos.

O texto ainda permite que a Receita Federal proponha transação na cobrança de créditos tributários em contencioso administrativo, de forma individual ou por adesão.

Segundo o governo, a medida provisória foi criada "a fim de reduzir os índices de inadimplência do programa e combater os efeitos devastadores da pandemia da Covid-19".

A Escola Municipal Zuleika Nunes de Alencar, localizada na Rua Des. Antônio P. Pinto Cruz, 400, no condomínio Alfa Barra da Tijuca, participou de mais uma edição do projeto cultural MINHA ESCOLA GRAFITADA. A convite do professor de teatro Jorge Henrique e com o apoio da direção da escola, os idealizadores do projeto, o grafiteiro e artista plástico Léo Shun e a jornalista e pedagoga Lorena Crist realizaram uma oficina de graffiti gratuita que culminou em um mural grafitado com a participação dos alunos. Toda a atividade realizada aconteceu sob a temática “NA ONDA DA FAVELA”, uma proposta reflexiva que convida os alunos da escola e também moradores de favela a se verem de forma empoderada, tão belos e fortes como uma onda.  

O projeto cultural MINHA ESCOLA GRAFITADA que por enquanto vem acontecendo de forma independente, nasceu no ano de 2019 e desde então contabiliza quatro edições já realizadas, o intuito é levar a oficina de graffiti de forma gratuita as escolas, promovendo aos alunos uma proximidade com a arte urbana e com toda a sua linguagem. Adolescentes e jovens aprendem técnicas de desenho, a manusear as ferramentas e materiais utilizados no graffiti, aprendem sobre a concepção criativa e conceitual que há nos murais, além de entenderem sobre a importância da manifestação artística e como esse colorido dialoga com a sociedade.  

Geralmente a oficina começa com uma palestra, seguida de atividades artísticas dentro de sala e por último a produção de um mural grafitado com total participação dos alunos. Em cada escola aborda-se uma temática diferente, tudo é pensado e combinado previamente entre um representante da instituição e os idealizadores do projeto.  

O objetivo do projeto é proporcionar o contato com a arte dialogando sobre temas importantes como sustentabilidade, empoderamento, inclusão, diversidade, etc. Foi uma iniciativa que tivemos por perceber a força da arte para formar e transformar as pessoas, para conscientizar os jovens sobre o seu valor, seu potencial, suas capacidades e seu papel na sociedade. Realizamos de forma independente por falta de apoio e patrocínio, mas conseguiríamos alcançar muito mais adolescentes e jovens, muito mais escolas, se tivéssemos apoio para suprir os gastos com tintas e outros materiais.”, afirma o artista Léo Shun. 

O painel intitulado “Na onda da favela” foi feito em um dos muros da escola, a arte foi composta por uma onda gigante formada por palavras escolhidas pelos alunos, que descrevem o que há de melhor na favela como “humildade, história, amizade, amor, união e criatividade”.

Com um fundo em degradê vibrante e a representação de uma comunidade multicolorida, a arte ficou como legado do projeto e segue cumprindo seu papel ao chamar a atenção e cair na graça de toda instituição e também de moradores locais.   

“O graffiti proporciona um colorido ao ambiente que vai além da estética, um dos objetivos da arte urbana é comunicar, expressar sentimentos, dando voz aos pensamentos críticos, conscientizando, provocando, sensibilizando, etc. O projeto MINHA ESCOLA GRAFITADA atua em escolas públicas buscando conscientizar os alunos da sua capacidade de transformação na sociedade, mostrando que eles podem, através da arte, expressar o que sentem e acreditam como agentes transformadores, como sujeitos atuantes no seu território”, diz Lorena Crist, coordenadora do projeto. 

O projeto acontece a convite das escolas, que entram em contato interessadas em levar o graffiti para sua instituição. A partir desse contato inicial, a equipe detalha para escola a metodologia do projeto e juntos combinam um tema a ser desenvolvido com os alunos e a data para a atividade ser realizada. 

Para conhecer mais sobre o projeto MINHA ESCOLA GRAFITADA e sobre outros trabalhos e projetos do artista plástico e grafiteiro Léo Shun e da jornalista e pedagoga Lorena Crist é só acompanhá-los através das redes sociais, Léo Shun e ShunGraf (suas páginas no Facebook), @leoshun_rj, @shungraf e @lorenacristoficial (Instagram).  

Mais que medalhas, subir ao pódio da Olimpíada Nacional de Ciências é uma prova de que o trabalho está sendo muito bem feito em sala de aula. E o CEL Intercultural School voltou a se destacar na competição. O colégio subiu ao pódio com Miguel Prilli, João Miguel Montenegro (ambos ouro), Giovana dos Santos (prata) e Laura Pontes (bronze).

- É uma olimpíada, mas, na verdade, as questões são de outras áreas, como Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Matemática. Então, foi bem interessante por causa disso, você consegue se provar em várias áreas do conhecimento. Já tinha feito uma em 2020 - festejou Miguel Prilli.

Professora de Biologia do CEL, Adriana Litaiff celebrou mais uma conquista do colégio:

- A ONC, como muitas outras olimpíadas que participamos, é uma grande oportunidade dos nossos alunos e alunas testarem seus conhecimentos para além da sala de aula. Além disso, sabemos que, em uma situação de prova, principalmente uma Olimpíada Nacional, o conteúdo acadêmico é tão importante quanto a inteligência socioemocional, traço muito trabalho por nós dentro do contexto da Educação do Caráter.

NO CAMINHO CERTO

Adriana destacou, também, o apoio irrestrito aos estudantes:

- A cada medalha, a cada inscrição, a cada desafio aceito e obstáculo superado, tenho a certeza que estamos no caminho certo, preparando nossos alunos e, acima de tudo, apoiando-os incondicionalmente.