Na manhã desta quarta-feira, dia 18 de maio, nada menos que 101 alunos do Ensino Fundamental do CEL Intercultural School participaram de uma atividade de campo das mais divertidas, a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). Trata-se de uma olimpíada totalmente experimental, que consiste na construção e lançamento de foguetes.

Isabele Nunes, uma das alunas que participaram, gostou bastante da ação, realizada na sede do Flamengo, na Gávea:

- É bem legal, diferente, faz muito tempo que não fazemos atividades em campo. Nosso foguete foi bem longe, foi muito interessante.

A também aluna Victória Terzo faz coro:

- Achei muito bacana, foi minha primeira vez soltando foguetes. Espero fazer mais vezes.

May Chagas, diretora pedagógica do CEL, celebrou mais uma participação do Colégio na MOBFOG:

- Na disciplina de CEL Maker, os alunos colocam em prática os conceitos aprendidos nas disciplinas de Matemática e Ciências, em especial aqueles relacionados à tecnologia de foguetes. E a MOBFOG fomenta o interesse dos jovens pela Astronáutica, Astronomia, Engenharia, Física e ciências afins, além de promover a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa. Os alunos têm uma experiência de aprendizagem única, além de muita diversão.

Coordenadora do CEL Maker, a professora Rosângela Nezi explicou a importância desta iniciativa.

- Neste evento trabalhamos muito a Física, os lançamentos e a questão espacial. No CEL Maker damos o conceito teórico deste assunto e depois passamos para a parte prática, onde os foguetes são construídos. Nesta construção tem toda a aplicação destes conceitos, porque eles precisam ter a ponta do bico mais fina e mais pesada. Além disso, tem a quantidade de água e de ar. Tudo isso é trabalhado com eles durante as aulas. E aí temos o dia em que todos os foguetes são lançados e esses arremessos são medidos pela distância. E, obviamente, vencem os foguetes lançados para a maior distância. É uma atividade prática na qual eles se divertem muito, porque é bastante interessante essa parte da construção em si. E, ao mesmo tempo, eles adquirem todo esse conhecimento e habilidade que vão sendo trabalhados durante a atividade.

No Dia Mundial da Educação, comemorado em 28 de abril, ainda se fala muito sobre as mudanças provocadas pela pandemia de Covid-19, e o isolamento social, consequência dela. A temporada em quarentena atingiu diretamente a Educação e seus formatos, criando a necessidade de adaptação ao novo normal. Mesmo com a volta às aulas presenciais, algumas mudanças já são vistas como permanentes, como o EAD (Ensino à Distância), que ganhou força e credibilidade.

Em um dado mais recente, no 1º semestre de 2021, o Instituto Semesp, responsável pelo levantamento do Mapa do Ensino Superior no Brasil, apurou um crescimento de 9,8% no número de matrículas para os cursos EAD, enquanto as matrículas para cursos presenciais caíram 8,9%. De acordo com o Censo 2020, o município de Duque de Caxias (RJ) obteve crescimento de 24% na modalidade EAD, comparado aos anos de 2018 e 2019. Já a cidade do Rio obteve crescimento de 23%, enquanto o Brasil, de 15%. Na onda da curva crescente no país e no estado, a Unigranrio obteve uma alta de 11% na modalidade, também comparado aos anos de 2018 e 2019.

“Antes da pandemia, as pessoas desconfiavam da qualidade das aulas EAD. Ainda existia uma resistência muito grande a esse formato. E o que a gente vê hoje é uma procura cada vez maior por formatos de aula online e híbridos”, contou a professora de Pedagogia da Unigranrio, Haydéa Reis.

Segundo a professora, universidades que já possuíam esse formato antes da pandemia, ou que investiram em novos modelos de metodologia e acesso digital, estão em vantagem no que diz respeito à adaptação ao novo normal. No mundo conectado em quarentena, a tecnologia tornou-se grande aliada da Educação, ainda que suas barreiras sejam grandes. O investimento no digital é uma realidade que o mundo já está vivenciado em todos os aspectos e o Brasil não está de fora desse movimento.

“Sabemos que o acesso ainda é escasso, mas também é cada vez maior. Estamos pensando lá na frente. Os professores e alunos precisam ser cada vez mais capacitados para não apenas ter a ferramenta, mas ter o domínio sobre ela. Para encurtar esse vácuo, teremos que qualificar todos para essa formação, que é o que vai fazer diferença para a educação do país”, destacou Haydéa.

Mercado de trabalho

A exigência por jovens cada vez mais qualificados segue em alta. Com o forte desemprego, resquícios da crise econômica e um mercado cada vez mais competitivo, exige-se do universitário, cada vez mais, a capacidade de resolver problemas assim que finaliza a faculdade, e não mais com anos de experiência. De olho nessa demanda, a educação no Brasil está investindo no que se chama de “metodologia ativa”, ou seja, o aluno torna-se protagonista na sua educação. Ele resolve problemas ativamente através de atividades interativas, laboratórios e metodologias de participação.

“As metodologias ativas mudam o foco do processo ensino-aprendizagem. O foco está centrado no aluno. O professor é um mediador. Em nossas semanas pedagógicas, nós oferecemos cursos e treinamentos com profissionais que vêm de diversas áreas para compartilhar experiências reais do mercado de trabalho. O aluno que é formado através da metodologia ativa, leva vantagens porque ele chega no mercado com um domínio de competências comportamentais que fazem diferença: conseguem trabalhar em equipe de forma mais dinâmica, tem alta resiliência, com desenvolvimento de habilidades e maior aplicabilidade em situações reais”, explicou a professora da Unigranrio.

Movimento nas escolas prioriza a formação como indivíduo

O mundo e as exigências em relação aos futuros profissionais estão mudando exponencialmente. Uma tendência, entretanto, segue firme quando se analisa a chegada de novas gerações ao mercado de trabalho: a necessidade de se formar indivíduos com habilidades além do conhecimento técnico. No Colégio pH, o protagonismo do aluno não é mais novidade. Ainda assim, a rede vem lapidando a cada ano a forma como desenvolve as competências socioemocionais dos alunos, ou seja, a capacidade de trabalhar em equipe, negociar e, em especial, as reflexões qualificadas, o que significa a aptidão para tomar decisões melhores.

“As escolas precisam trabalhar assuntos relacionados aos alunos ao invés de falar exclusivamente de conteúdo intelectual. Elas devem desenvolver integralmente o jovem, suas habilidades sociais, valores e visão crítica”, analisa a psicóloga Camilla Oliveira, coordenadora de Orientação Profissional e professora de Convivência Ética da rede.

A orientadora explica que, na prática, é responsabilidade da escola ensinar o aluno a refletir, ao invés de passar apenas “um sermão” no jovem. “Se a Educação não valida os sentimentos, não dialoga e não cria espaço para a reflexão, nem se preocupa com a saúde mental, ela ensina que isso não é importante. Mas isso faz parte do processo de formação de uma sociedade melhor e o sucesso do aluno depende disso”, contextualiza.

Com o sonho de trabalhar com a Engenharia de Concepção, aplicando conhecimento técnico para criar impacto social e inovação, a estudante Carolina Moczydlower, de 18 anos, tem se dedicado bastante aos estudos. E já vem colhendo os frutos. Em março, começou a cursar Engenharia Mecânica em uma das duas melhores universidades do Brasil: a Unicamp. Além dessa, a universitária havia sido aprovada para a UFRJ e para a Purdue University, em Indiana, nos EUA.

De acordo com o ranking da britânica QS World University, que leva em consideração aspectos como reputação entre empregadores, proporção entre estudantes e professores, e número de docentes com doutorado, a Unicamp é a sétima melhor da América Latina (no Brasil, está atrás apenas da USP). E Carolina sabe o quanto se esforçou para conquistar a tão cobiçada vaga:

- Foi uma grande felicidade, principalmente por ter atingido os objetivos que eu havia demarcado lá no começo do Ensino Médio. Depois de todas as horas de estudo, estresses e desafios, é gratificante ter os resultados que eu queria, tanto nos exames brasileiros quanto no processo holístico americano - conta a universitária.

Atualmente, Carolina já concilia os estudos com o trabalho como trainee na empresa júnior de Engenharia Mecânica da Unicamp, a Motriz. E está tirando de letra a adaptação à nova rotina.

- O salto da escola para a faculdade é grande, ainda mais morando sozinha pela primeira vez em outro estado. Mas estou conseguindo acompanhar bem as mudanças com calma e ajuda dos amigos. Com certeza está sendo uma experiência bem positiva!

Gratidão ao Franco

Para chegar à tão conceituada Unicamp, Carolina teve como parceiro, durante cinco anos, o Colégio Franco-Brasileiro, no Rio de Janeiro. Foi lá onde a futura engenheira estudou do 6º ao 8º ano e do 2º ao 3º ano do Ensino Médio. Entre esses dois períodos como aluna do Franco, Carol morou dois anos em São José dos Campos.

A vivência no Franco tem uma grande importância na trajetória da estudante, cujo pai, a irmã e um tio também estudaram no colégio.

- Acredito que os professores foram essenciais para me desenvolver tanto como aluna quanto como cidadã; criei fortes vínculos com eles. Tenho um carinho muito especial pelo professor de História João Duarte e pelo de Física Elizeu Faleiro, que me ajudaram no processo de aplicação para o exterior, sempre me mantendo motivada e ajudando em tudo que foi preciso.

Entre as muitas ótimas recordações que guarda da época de aluna do Franco, Carolina se recorda com detalhes do Dia da Francofonia, um dos muitos eventos promovidos pela escola:

- Tínhamos as apresentações musicais dos alunos e barracas com macarons (doces típicos da França) deliciosos.

Além da qualidade do ensino, a escolha de Carol pela Unicamp também se deu por outros motivos:

- A Unicamp abre inúmeras oportunidades para a minha área durante a graduação e, além disso, não chega a ser tão longe do Rio. Então, sempre dá para fazer visitas e matar as saudades.